Alívio no bolso? Inflação cede com queda surpreendente nos preços em abril


Após meses de aperto, o cenário econômico brasileiro começa a apresentar sinais de melhora para o consumidor. Dados recentes revelam uma desaceleração da inflação em abril, impulsionada principalmente pela redução nos preços de itens essenciais como arroz, combustíveis e passagens aéreas.
Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, a inflação em abril de 2025 ficou em 0,43%, um recuo em comparação com os meses anteriores. Essa desaceleração, a segunda consecutiva, traz um sopro de esperança para o poder de compra da população.
O preço do arroz, um dos principais itens da cesta básica, apresentou uma queda notável, assim como os combustíveis, que impactam diretamente o orçamento familiar e o setor de transportes. As passagens aéreas também registraram diminuição nos valores, um alívio para quem planeja viagens.
Apesar da boa notícia, nem todos os setores apresentaram retração nos preços. Alimentação e bebidas, embora com menor peso em relação a outros meses, ainda exerceram pressão sobre o índice inflacionário. Da mesma forma, o grupo Saúde e cuidados pessoais também registrou alta, com destaque para o aumento nos preços dos produtos farmacêuticos.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 5,53%, o maior patamar desde fevereiro de 2023 (5,6%), e ainda acima da meta estabelecida pelo governo. No entanto, a queda observada em abril indica uma possível tendência de arrefecimento da inflação nos próximos meses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para famílias de baixa renda, também apresentou alta de 0,48% em abril, acumulando 5,32% nos últimos 12 meses.
O setor de transportes foi o único a registrar queda (-0,38%), influenciando negativamente o índice geral, enquanto o setor de serviços, embora ainda em patamar elevado, mostrou sinais de desaceleração, impulsionada pela queda nos preços das passagens aéreas.
Especialistas cautelosos
Apesar do alívio inicial, especialistas alertam para a necessidade de cautela. A inflação acumulada em 12 meses ainda preocupa, e fatores como a instabilidade econômica global e as políticas internas podem influenciar o cenário futuro. A meta do governo é que a inflação fique abaixo de 4,5% em 2025, um desafio que dependerá da manutenção da trajetória de queda observada em abril.
O mercado financeiro, por sua vez, já revisou para baixo a previsão da inflação para 2025, demonstrando um otimismo moderado com os dados recentes. Contudo, a atenção permanece voltada para os próximos indicadores econômicos que irão confirmar ou não a sustentabilidade dessa tendência de queda.
Para o consumidor, a redução nos preços de itens básicos como arroz e combustíveis representa um pequeno respiro no orçamento. A expectativa é que essa tendência se consolide, permitindo uma recuperação gradual do poder de compra e um impacto positivo na economia como um todo.

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