Novas ameaças de morte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foram detectadas em fóruns da deep web, conforme apuração da CNN Brasil. As mensagens, que detalham o uso de explosivos, granadas e um fuzil .50 Barrett — arma de alta potência capaz de derrubar aeronaves —, indicam a intenção de um ataque ainda neste mês.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) recebeu a denúncia e iniciou investigação por meio da Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (Dpcev), compartilhando informações com a Polícia Federal (PF). As autoridades tratam todas as ameaças com seriedade, empenhando esforços para identificar os autores e participantes dessas conspirações.
Este episódio ocorre dois meses após a Operação Contragolpe, que resultou na prisão de cinco indivíduos acusados de planejar o assassinato de Lula, Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin, com o objetivo de executar um golpe de Estado e impedir a posse do presidente eleito.
A deep web, por não ser indexada por mecanismos de busca convencionais, serve de refúgio para atividades ilícitas, incluindo a organização de crimes virtuais e ameaças extremistas. A recente detecção de planos envolvendo armamentos pesados e táticas militares reforça a necessidade de vigilância constante por parte das forças de segurança.
Em novembro de 2024, um ataque suicida em frente ao STF, perpetrado por Francisco Wanderley Luiz, simpatizante de extrema-direita, evidenciou a escalada de ações violentas contra instituições democráticas. Luiz, que difundia teorias conspiratórias em redes sociais, detonou explosivos próximo à Corte, intensificando preocupações sobre a segurança de autoridades e a estabilidade institucional.
As autoridades brasileiras enfrentam o desafio de monitorar e neutralizar ameaças oriundas de setores radicalizados que utilizam a deep web para planejar atos violentos. A colaboração entre as forças de segurança e a vigilância sobre ambientes digitais obscuros são cruciais para preservar a integridade das instituições e a segurança das lideranças nacionais.