Promessas de campanha não saíram do papel, infraestrutura colapsa, e população cobra respostas após três meses de administração.
Completados 100 dias de governo, a gestão do prefeito Carlos Caxão (PSD) em Barbosa Ferraz acumula críticas e frustrações. A cidade, que enfrenta problemas estruturais históricos, viu piorarem questões como asfalto precário, falta de transparência administrativa e descumprimento de promessas eleitorais, mantendo viva a herança polêmica do ex-prefeito Edenilson Miliossi (Cidadania), apoiador direto de Caxão .
Infraestrutura em volapso: asfalto “lavado” e obras fantasmas
Um dos símbolos do descaso é o asfalto aplicado no ano passado, que se desintegrou após as chuvas recentes, deixando crateras e vias intransitáveis. Moradores relatam que a qualidade do serviço foi questionável desde o início, mas a atual gestão não priorizou reparos, alegando “análise técnica”. A situação reflete a continuidade de práticas da administração Miliossi, que governou de 2021 a 2024 e deixou um legado de obras mal executadas .
Promessas de campanha “varridas para baixo do tapete”
Carlos Caxão, eleito com 44% dos votos em outubro de 2024, prometeu durante a campanha isentar a população do IPTU e modernizar a gestão pública. No entanto, até agora, nenhum plano concreto foi apresentado para cumprir essas metas. A cobrança do imposto segue intacta.
A falta de um plano de governo estruturado também chama atenção. Questões urbanas urgentes, como saúde e educação, permanecem negligenciadas .
Revolta popular e pressão por respostas
Nas redes sociais e em assembleias comunitárias, moradores exigem transparência. “Estamos há meses sem ver melhorias. O dinheiro público some, e as prioridades são outras”, desabafa Maria Souza, dona de casa. Enquanto isso, a gestão Caxão insiste em destacar ações pontuais, como a criação do Programa Bolsa Atleta em cidades vizinhas — iniciativa que, no entanto, não beneficia diretamente Barbosa Ferraz .
Enquanto a administração Caxão-Miliossi tenta justificar a inércia, Barbosa Ferraz enfrenta um cenário de desilusão. A pergunta que permanece é: os próximos meses trarão ações efetivas ou apenas mais retórica?
Referências: Dados complementados com informações do G1, Coluna News e Tribuna do Interior