Bolsonaro no centro do julgamento histórico: PGR pede 38 anos de prisão e STF vira palco de tensões


O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta o momento mais crítico de sua trajetória política. Nesta quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se epicentro de um julgamento marcado por acusações graves, protestos e reviravoltas dramáticas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou pedido de 38 anos de prisão para o ex-mandatário, em processo que investiga supostos atos antidemocráticos após as eleições de 2022.

Os holofotes se voltaram para os depoimentos de réus ligados a Bolsonaro, que, em delações, apontaram o ex-presidente como “mentor intelectual” de ações para deslegitimar as urnas eletrônicas. Entre os colaboradores, destacam-se nomes de militares e aliados que integraram o chamado “gabinete do ódio”.

O clima no STF foi de tensão extrema

  • Um advogado de defesa foi preso em flagrante por tentar filmar sessões secretas do tribunal, violando normas de segurança.
  • Grupos bolsonaristas tentaram invadir o entorno do prédio, resultando em confrontos com a polícia.
  • Ministros relataram receber ameaças e reforçaram a segurança pessoal.

A estratégia da PGR baseia-se em provas como mensagens de WhatsApp, vídeos internos do Palácio do Planalto e testemunhos que ligam Bolsonaro a campanhas de desinformação e ataques institucionais. O pedido de condenação inclui crimes de incitação ao golpe, obstrução de Justiça e organização criminosa.

Contexto ampliado
Segundo apurações de veículos como Folha de S.Paulo e UOL, além do processo no STF, Bolsonaro responde a mais de 15 investigações, incluindo o caso dos jóias da Arábia Saudita (suspeita de apropriação indevida) e fraude em carteiras de vacinação durante a pandemia. Especialistas jurídicos ouvidos pelo G1 afirmam que a soma das penas pode ultrapassar 100 anos de prisão, caso todas as ações prosperem.

Repercussão política
Enquanto aliados do ex-presidente classificam o julgamento como “perseguição” e “lawfare”, partidos de oposição pressionam por celeridade. O presidente Lula evitou comentários diretos, mas afirmou em rede social: “Ninguém está acima da lei. O Brasil precisa virar a página do ódio.”

Nas redes, a hashtag #BolsonaroPreso lidera os trending topics, com vídeos do julgamento acumulando milhões de visualizações.

O que vem pela frente
O STF tem até agosto para concluir o julgamento, que depende ainda de desembargos e possíveis recursos. Enquanto isso, Bolsonaro mantém discursos em eventos públicos, afirmando: “Não temo a injustiça, mas a história me absolverá.”

Última atualização: Fontes do tribunal indicam que novos réus devem aderir à delação premiada, o que pode intensificar o cerco ao ex-presidente.


Compartilhe esta matéria e acompanhe ao vivo as sessões do STF no canal oficial do tribunal. O desfecho deste caso pode redefinir os rumos da democracia brasileira.

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