Brasil avança no ranking da ONU, mas educação estagnada segura desenvolvimento humano


Após subir cinco posições, país alcança 84ª colocação, mas especialistas alertam para a falta de прогресс no setor educacional como principal entrave para um avanço mais significativo.
O Brasil apresentou uma melhora no cenário do desenvolvimento humano, saltando cinco posições no ranking global divulgado nesta terça-feira (6/5) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O relatório, referente aos indicadores de 2023, coloca o país na 84ª posição, lado a lado com Palau, registrando um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.786.
O IDH, uma métrica que varia de 0 a 1, avalia o progresso de cada nação com base em três pilares fundamentais: expectativa de vida, anos de escolaridade e renda per capita. Quanto mais próximo de 1, melhor o nível de desenvolvimento humano do país.
Apesar da ascensão no ranking, especialistas apontam que o desenvolvimento do Brasil ainda enfrenta obstáculos consideráveis. Um dos principais entraves identificados é a estagnação nos indicadores de educação. Dados revelam que a média de anos de estudo (8,43 anos) permanece inalterada há três anos consecutivos, desde 2021. A expectativa de anos de estudo também não apresentou variações, mantendo-se em 15,79 anos.
Essa falta de прогресс na educação impede que o Brasil avance de forma mais consistente no ranking do IDH. Embora a expectativa de vida ao nascer tenha apresentado um crescimento, passando de 74,87 anos para 75,85, o impacto positivo desse avanço é limitado pela persistente dificuldade em garantir acesso a uma educação de qualidade para todos.
Historicamente, o IDH brasileiro tem apresentado uma tendência de crescimento desde 1990, com um aumento de 22,6%. No entanto, o país enfrentou quedas em alguns períodos, como em 2015 e durante os primeiros anos da pandemia de COVID-19 (2020 e 2021), quando a expectativa de vida foi globalmente impactada.
Apesar da melhora recente, o Brasil ainda figura em uma posição intermediária quando comparado a outros países da América Latina e Caribe. Nações como Chile (0,855), Argentina (0,849) e Uruguai (0,809) apresentam IDHs superiores, enquanto o Brasil supera países como Paraguai (0,728), Bolívia (0,693) e Venezuela (0,691).
O relatório do PNUD também destaca a persistente desigualdade interna no Brasil. O IDH varia significativamente entre as diferentes regiões e municípios do país, refletindo as disparidades no acesso à saúde, educação e renda dentro do próprio território nacional.
Analistas apontam que fatores como a desigualdade na distribuição de renda e na educação contribuem para essa disparidade e limitam o potencial de desenvolvimento humano do Brasil. O desmonte de políticas públicas entre 2016 e 2022 também é apontado como um fator que impactou negativamente as condições de vida da população, refletindo-se no IDH.
Para que o Brasil possa alcançar patamares mais elevados no ranking de desenvolvimento humano, é fundamental que haja um investimento contínuo e efetivo na área da educação, buscando reduzir as desigualdades e garantir oportunidades de aprendizado de qualidade para todos os cidadãos. Somente com прогресс significativo nesse setor será possível impulsionar um desenvolvimento humano mais robusto e sustentável no país.

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