Nos últimos meses, diversos brasileiros têm relatado problemas ao participar de projetos que remuneram usuários pelo escaneamento de suas íris. A iniciativa, que visa criar uma identidade digital global, enfrenta críticas devido a falhas no aplicativo e à falta de suporte adequado.
O projeto, que ganhou popularidade por prometer pagamentos em criptomoedas em troca do escaneamento ocular, tem gerado frustração entre os participantes. Muitos relatam dificuldades técnicas, como o travamento do aplicativo durante o processo de verificação, além de problemas para acessar as contas após a conclusão do cadastro.
Um dos participantes, que preferiu não se identificar, compartilhou sua experiência: “Fiz todo o procedimento, escaneei minha íris conforme solicitado, mas depois disso não consegui mais acessar minha conta. O suporte não responde e, além de perder o acesso, perdi o dinheiro que estava na conta.”
Especialistas em segurança digital alertam para os riscos associados a projetos que coletam dados biométricos sensíveis sem garantias claras de privacidade e segurança. A ausência de regulamentação específica para esse tipo de iniciativa no Brasil agrava a situação, deixando os usuários desprotegidos em casos de falhas ou uso indevido das informações coletadas.
Enquanto isso, órgãos de defesa do consumidor recomendam cautela ao participar de projetos que exigem dados pessoais sensíveis. É fundamental verificar a reputação da empresa responsável, ler atentamente os termos de uso e garantir que haja canais de suporte eficientes antes de se engajar em tais iniciativas.
A crescente demanda por soluções de identidade digital ressalta a importância de um debate amplo sobre privacidade, segurança e direitos dos usuários no ambiente digital. Projetos que envolvem dados biométricos devem ser conduzidos com transparência e responsabilidade para evitar prejuízos e garantir a confiança do público.