Brutalidade policial em SP: jovem negro desfigurado após espancamento por PMs revive debate sobre violência institucional


Um jovem negro de 22 anos foi vítima de violência extrema durante uma abordagem policial na periferia de São Paulo, na última terça-feira (10). Segundo testemunhas e familiares, agentes da Polícia Militar (PM) agrediram o rapaz com cassetetes, chutes e golpes no rosto, causando fraturas graves e deixando-o desfigurado. O caso, registrado no Jardim São Luís, zona sul da capital, reacendeu críticas sobre racismo estrutural e abusos recorrentes em operações policiais em comunidades periféricas.

O jovem, identificado como Marcos Vinícius, foi socorrido por moradores e encaminhado ao Hospital Municipal com traumatismo craniano, múltiplas fraturas faciais e perda parcial da visão. Sua família busca apoio jurídico para processar o Estado, enquanto organizações de direitos humanos pressionam por investigação independente. “Isso não é um caso isolado. É o retrato de uma política de segurança pública que trata corpos negros como descartáveis”, denunciou uma integrante da Coalizão Negra por Direitos.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que “os agentes envolvidos foram afastados e o caso está sob apuração interna”. Entretanto, relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, só em 2023, São Paulo registrou 987 mortes em intervenções policiais, 80% das vítimas eram negras. Para especialistas, o episódio expõe a cultura de impunidade e a militarização das periferias.

Enquanto Marcos luta para reconstruir o rosto e a vida, seu caso viraliza nas redes sociais com a hashtag #JustiçaPorMarcos, ecoando protestos históricos como o de George Floyd. A pergunta que fica: até quando vidas negras seguirão sendo ceifadas pela violência institucional?


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