Enquanto o combate ao narcotráfico domina as manchetes sobre a fronteira entre México e EUA, um novo “produto” rouba a cena: ovos de galinha. Segundo reportagens recentes, o contrabando desse item aparentemente comum já superou o volume de drogas apreendidas na região de Tijuana e San Diego. A razão? Uma combinação explosiva entre surtos de gripe aviária nos EUA, que encareceram o produto no país, e a alta demanda por preços mais acessíveis do lado mexicano.
Nos últimos meses, o preço dos ovos nos EUA disparou, chegando a custar o triplo do valor no México. Isso transformou o alimento em “ouro branco” para traficantes, que escondem carregamentos em compartimentos secretos de carros, mochilas e até em roupas. Autoridades relatam interceptações de até 10 mil ovos em uma única operação.
O fenômeno revela não apenas a criatividade do crime organizado, que se adapta a crises de mercado, mas também o impacto de fatores globais, como epidemias animais e inflação, no cotidiano das fronteiras. Enquanto isso, agricultores mexicanos alertam para o risco de desabastecimento local, e os EUA reforçam controles com raios-X e cães farejadores — treinados, agora, para detectar algo além de drogas: omeletes ilegais.
Curiosidade: Em algumas rotas, um ovo contrabandeado pode render até 300% de lucro. O ovo frito, aparentemente inocente, virou símbolo de uma guerra comercial inusitada.