O governo federal anunciou medidas para incluir os militares no pacote de cortes de gastos, visando conter o déficit fiscal. Entre as mudanças estão a criação de uma idade mínima de 55 anos para passar à reserva e a restrição na transferência de pensões para familiares. Atualmente, o déficit per capita da previdência militar é 17 vezes maior que o do INSS, atingindo R$ 159 mil por beneficiário.
As alterações não terão efeito imediato ou retroativo, mas buscam conter despesas futuras, com impacto estimado em R$ 2 bilhões anuais. Apesar de negociações entre os ministérios da Defesa e Fazenda, há resistência dentro das Forças Armadas, que temem perda de benefícios considerados históricos.
O governo defende que as medidas trazem equilíbrio, mas críticos apontam a manutenção de privilégios, como pensões generosas e idade de reserva baixa comparada ao regime civil. O tema ainda será debatido no Congresso, com ajustes previstos para facilitar a transição e reduzir tensões internas nas Forças Armadas.