De favelas a cartões-postais: os cenários reais do Rio que brilharam no Oscar e como eles foram transformados para as telas


Coordenadora de produção Camila Leal Ferreira revela os detalhes das locações que capturaram a essência carioca no filme aclamado.


Rio de Janeiro – Quem assistiu ao filme vencedor do Oscar [inserir título do filme] pode não imaginar que muitas das cenas icônicas foram gravadas em locações reais da capital fluminense. De comunidades vibrantes a pontos turísticos consagrados, a produção investiu em autenticidade para retratar o espírito carioca. A coordenadora de produção Camila Leal Ferreira, responsável pelas escolhas, revelou em entrevista exclusiva os bastidores dessa jornada – e como a cidade se tornou uma protagonista silenciosa da trama.

A arte de transformar o real em ficção

A equipe percorreu mais de 50 locações no Rio antes de selecionar os cenários finais. Entre eles, destaca-se a Favela da Maré, que serviu de pano de fundo para sequências emocionantes. “Optamos por manter a crueza e a beleza orgânica desses espaços. Não queríamos maquiar a realidade, mas celebrá-la”, explicou Camila. Para evitar interferências na rotina dos moradores, a produção firmou parcerias com líderes comunitários e ofereceu workshops de cinema aos jovens locais.

Já os arcos da Lapa, tradicional ponto de encontro cultural, ganharam nova vida em cenas noturnas do filme. A iluminação foi ajustada para destacar a arquitetura histórica, enquanto barracas de comida típica foram incorporadas ao roteiro. “Queríamos que o público sentisse o calor do Rio, quase ouvindo o samba ao fundo”, brincou a coordenadora.

Cartões-postais com novos significados

Nem só de cenários urbanos viveu a produção. O Pão de Açúcar e a Praia de Copacabana aparecem em momentos-chave, mas com abordagens inéditas. No bondinho, por exemplo, uma cena de suspense foi gravada durante o pôr do sol, aproveitando a luz natural. “Fechamos o acesso por três horas, mas valeu cada segundo. A imagem do Rio do alto sob tons alaranjados era exatamente o que precisávamos”, contou Camila.

Já Copacabana, normalmente associada ao lazer, foi palco de um diálogo dramático entre os protagonistas. A areia da praia, iluminada por holofotes noturnos, criou um contraste poético com a tensão da narrativa.

Legado além das telas

O sucesso do filme gerou um novo interesse turístico pelas locações. Moradores da Maré relatam aumento de visitantes curiosos, enquanto guias locais já oferecem roteiros temáticos. “É emocionante ver esses espaços ganharem visibilidade mundial sem perder sua identidade”, refletiu Camila.

Para os fãs que desejam mergulhar nessa experiência, a dica da profissional é clara: “Visitem o Rio com os olhos daqueles que veem beleza até onde outros veem desafio. É assim que se captura a alma dessa cidade”.

Curioso? Confira abaixo a lista completa dos cenários e prepare-se para ver o Rio – e o cinema – com novos olhos.


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