O presidente argentino Javier Milei enfrenta uma onda de críticas e manifestações após suas declarações no Fórum Econômico Mundial em Davos, onde associou a homossexualidade à pedofilia e criticou o feminismo radical. Essas falas resultaram em uma queda de 9% na sua aprovação digital, segundo relatório da consultoria Ad Hoc, que apontou uma redução de 61% para 52% na imagem positiva do presidente nas redes sociais.
Em resposta às declarações, milhares de argentinos foram às ruas em Buenos Aires em defesa da diversidade e contra as posições de Milei. A manifestação, realizada no dia 1º de fevereiro, reuniu diversos grupos sociais, incluindo organizações LGBTQIA+, feministas e defensores dos direitos humanos, que expressaram repúdio às falas do presidente e preocupação com possíveis retrocessos nas políticas de inclusão e igualdade no país.
Além das declarações em Davos, o governo de Milei anunciou a intenção de remover o feminicídio do código penal, medida que gerou ainda mais indignação entre os manifestantes. Os protestos ocorreram não apenas na capital, mas também em outras cidades argentinas e no exterior, refletindo a amplitude da insatisfação com as políticas sociais do presidente.
Enquanto as reformas econômicas de Milei têm recebido apoio de parte da população, suas posições conservadoras em questões sociais estão causando divisões significativas na sociedade argentina. A continuidade das manifestações indica um crescente descontentamento com a abordagem do governo em relação aos direitos das minorias e à igualdade de gênero.