Discussão entre Nikolas Ferreira e cidadão marca saída de reunião do PL

Na última quarta-feira (19/2), em Brasília, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protagonizou uma discussão com um homem ao deixar o apartamento do deputado Zucco (PL-RS), na Asa Norte. O incidente ocorreu após uma reunião entre Jair Bolsonaro e parlamentares do Partido Liberal (PL) e aliados, realizada um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

Ao sair do encontro, Nikolas foi abordado por um homem que afirmou: “O homem vai ser preso”, referindo-se a Bolsonaro. O deputado questionou o motivo, e o cidadão respondeu: “Quer uma lista dos crimes? 272 páginas. Dá uma lida lá”. Nikolas retrucou: “Foi por dinheiro na cueca? Não foi, né? Propina não foi”. A discussão durou poucos segundos e foi registrada em vídeo.

Durante o breve embate, o homem chamou o deputado de “chupetinha”. Nikolas encerrou a conversa dizendo: “Valeu! Vou trabalhar”. Ao entrar no carro e se preparar para sair, o parlamentar abaixou a janela e perguntou ao homem: “Já comeu sua abóbora hoje?”.

O Correio Braziliense tentou contato com a assessoria de Nikolas Ferreira para obter um posicionamento sobre o ocorrido, mas não obteve resposta até o momento.

A reunião entre Bolsonaro e os parlamentares ocorreu um dia após a PGR apresentar denúncia contra o ex-presidente e outras 33 pessoas por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada. Aliados afirmam que o encontro já estava agendado previamente e não foi motivado pela denúncia, embora ocorra em um momento crítico em que Bolsonaro precisará enfrentar uma nova etapa de defesa no Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a reunião, Nikolas Ferreira aproveitou para se explicar ao ex-presidente, buscando desfazer a imagem de que atua de forma individualista e não segue as orientações partidárias. Segundo presentes no encontro, o deputado tomou a iniciativa de esclarecer sua postura, afirmando que não possui uma agenda política própria desvinculada do partido e de Bolsonaro.

Em declarações anteriores, Nikolas ironizou a denúncia da PGR contra Bolsonaro, questionando a caracterização de golpe de Estado sem o uso de armas ou estrutura hierárquica. O deputado afirmou: “É como querer matar uma pessoa com um copo de água potável, até porque não existe golpe sem armas, sem uma hierarquia de estrutura, que não teve nenhuma morte, muito estranho esse golpe, que é feito no domingo”.

O episódio envolvendo a discussão na saída da reunião do PL adiciona mais um capítulo às recentes polêmicas envolvendo Nikolas Ferreira e o cenário político nacional.

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