A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) tornou-se alvo de ameaças de morte nas redes sociais após publicar um vídeo desmentindo informações falsas sobre a suposta taxação do Pix. Em resposta, a parlamentar acionou a Polícia Federal (PF) neste domingo (19) para investigar a origem das intimidações.
No vídeo divulgado no sábado (18), Hilton esclarece que o governo federal não propôs a taxação do Pix, mas sim o aumento do limite de monitoramento de transações financeiras de R$ 2.000 para R$ 5.000, visando combater crimes financeiros. A deputada criticou figuras da direita que, segundo ela, distorcem informações para enganar a população.
A publicação rapidamente ganhou ampla visibilidade, alcançando mais de 80 milhões de visualizações em menos de 12 horas. Contudo, juntamente com a repercussão positiva, surgiram mensagens de ódio e ameaças de morte. Perfis ligados à extrema direita sugeriram que a deputada fosse assassinada, com comentários como “Tem que contratar um pistoleiro para ficar na cola dela” e referências ao “Projeto Ronnie Lessa 2.0”, em alusão ao ex-policial condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.
Diante das ameaças, a equipe de segurança de Hilton registrou e compilou todas as mensagens e informações dos perfis responsáveis, repassando o material aos advogados da deputada. Estes, por sua vez, formalizaram a denúncia junto à Polícia Federal, solicitando a identificação e responsabilização dos autores dos crimes.
Em nota, Erika Hilton afirmou que não se deixará intimidar: “A violência da extrema direita é conhecida por todos nós. Sinto que parte deles não se conforma com a propagação da verdade e quer apelar para ameaças e intimidações para que eu recue. Não recuarei.”
A deputada reforçou seu compromisso em combater a desinformação e defender a democracia, destacando a importância de espalhar a verdade sobre os fatos e enfrentar aqueles que disseminam fake news para manipular a opinião pública.