Ex-assessor de Alexandre de Moraes pede sigilo de inquérito no STF e alerta para risco à segurança nacional



Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o inquérito no qual é investigado por vazamento de mensagens sigilosas permaneça sob sigilo. Em seu pedido, ele argumenta que a exposição pública dos dados do caso colocaria em risco a segurança de mais de 3.608 pessoas, incluindo autoridades de alto escalão e familiares de ministros, além de comprometer a “segurança nacional” .


Contexto da Investigação
Tagliaferro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em abril de 2025 por “violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública”. A apuração investiga o vazamento de mensagens trocadas entre o ministro Moraes e servidores do TSE e STF, posteriormente repassadas à Folha de S.Paulo. Entre os conteúdos divulgados, destacam-se diálogos em que Moraes orientava assessores a incluírem a revista Oeste como “revista golpista” em relatórios oficiais, usando justificativas criativas .

O Pedido de Sigilo
No documento enviado ao STF, Tagliaferro classificou a possibilidade de acesso público ao inquérito como um “erro crasso e pueril”, alegando que a exposição de dados sensíveis — como informações de diplomatas, do diretor da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do procurador-geral da República, Paulo Gonet — os tornaria alvos de “inimigos vorazes da democracia”. Ele também mencionou temores pessoais, revelados em conversas com a esposa, onde admitia medo de ser preso ou morto devido às informações que detém .

Repercussão Política
A divulgação das mensagens pela Gazeta do Povo intensificou o debate sobre transparência no Judiciário. Parlamentares da oposição pressionam para que Tagliaferro preste depoimento ao Congresso, visando esclarecer supostas irregularidades na atuação da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE, que ele chefiou entre 2022 e 2023 .


Conclusão:
O caso expõe tensões entre transparência e segurança em investigações de alto impacto. Enquanto o STF analisa o pedido, a sociedade aguarda respostas sobre até que ponto o sigilo judicial protege ou limita o direito à informação — um dilema central em democracias contemporâneas .


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