Ex-chefe da Polícia Civil do Rio volta para a prisão: reviravolta no caso de corrupção e jogo do bicho agita a segurança pública


Rio de Janeiro – A novela envolvendo o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), Allan Turnowski, ganhou um novo e dramático capítulo nesta semana. Após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que restabeleceu sua prisão preventiva por tempo indeterminado, Turnowski se entregou na sede da Corregedoria da Polícia Civil. Ele é réu em um processo que apura seu envolvimento com uma organização criminosa ligada à contravenção do jogo do bicho, sob a acusação de receber propina e colaborar ativamente com os bicheiros.
Turnowski, que sempre negou as acusações, já havia sido detido em 2022, mas sua passagem pela prisão durou menos de um mês, sendo libertado por uma liminar concedida pelo ministro Kassio Nunes Marques, do STF. Desta vez, o cenário é diferente e o ex-secretário de Polícia Civil foi encaminhado ao presídio de Benfica, na Zona Norte da capital fluminense. Sua defesa já anunciou que ingressou com um novo pedido de habeas corpus na tentativa de reverter a decisão.
A ordem de prisão é fruto de uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), iniciada em setembro de 2022. O inquérito que mira Turnowski também se baseia nas extensas apurações realizadas contra o delegado Maurício Demétrio, preso desde junho de 2021. Demétrio foi condenado a quase dez anos de reclusão por crimes de corrupção e obstrução de Justiça, em um caso que também expôs a fragilidade da segurança pública do estado.
Segundo as investigações, Turnowski atuava como um “agente duplo”, favorecendo os interesses dos contraventores Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio. Essa ligação com a cúpula do jogo do bicho no Rio levanta sérias questões sobre a integridade da Polícia Civil durante sua gestão.
A prisão de Allan Turnowski reacende o debate sobre a infiltração do crime organizado nas instituições de segurança pública do Rio de Janeiro e a necessidade de medidas rigorosas para combater a corrupção em todos os níveis. A expectativa agora recai sobre o andamento do processo judicial e a análise do novo pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-chefe da Polícia Civil. A Justiça do Rio de Janeiro já manteve a prisão preventiva de Turnowski em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (7), reforçando a complexidade do caso e a determinação das autoridades em levar a investigação até o fim.

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