Fiep Alerta: Medidas Compensatórias do IOF Penalizam Setor Produtivo e Freiam Crescimento


Curitiba, PR – A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) manifestou forte preocupação com as medidas compensatórias anunciadas pelo governo federal em substituição ao recuo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para a entidade, a estratégia governamental de buscar o equilíbrio fiscal por meio da elevação da carga tributária sobre o setor produtivo é um erro que compromete a competitividade e o desenvolvimento econômico do país.
Inicialmente, o governo havia proposto um aumento nas alíquotas do IOF para compensar a desoneração da folha de pagamentos, uma medida que gerou grande repercussão negativa. Após a reação contrária de diversos setores, a União recuou do aumento do IOF, mas apresentou outras medidas compensatórias que, na visão da Fiep, mantêm a mesma lógica prejudicial.
“É inadmissível que o governo federal continue tentando promover o ajuste das contas públicas exclusivamente pelo aumento da carga tributária do setor produtivo”, afirma a Fiep em nota oficial. A Federação ressalta que o aumento da carga tributária impacta diretamente os custos de produção, reduz a capacidade de investimento das empresas, diminui a geração de empregos e, em última instância, freia o crescimento econômico.
O Custo da Desoneração: Um Equilíbrio Frágil
A desoneração da folha de pagamentos, que visa aliviar a carga tributária sobre as empresas em setores específicos, é uma medida que busca fomentar o emprego e a atividade econômica. No entanto, o governo federal tem buscado fontes alternativas para cobrir essa perda de arrecadação, e a Fiep critica a escolha de caminhos que sobrecarregam o setor produtivo já fragilizado.
Especialistas em economia têm alertado sobre a necessidade de um equilíbrio fiscal sustentável, mas com a ressalva de que a elevação indiscriminada de impostos pode gerar um efeito reverso, desestimulando o investimento e a produção. O Brasil já ostenta uma das maiores cargas tributárias do mundo, e a insistência em novas taxações agrava a situação.
O Que Poderia Ser Feito?
A Fiep e outras entidades do setor produtivo defendem que o governo deveria focar em medidas de redução de despesas e otimização da máquina pública, ao invés de buscar a arrecadação via aumento de impostos. Entre as sugestões frequentemente apresentadas estão:

  • Reforma administrativa: para tornar o Estado mais eficiente e menos custoso.
  • Reforma tributária abrangente: que simplifique o sistema, reduza a burocracia e não aumente a carga total.
  • Combate à sonegação e à informalidade: ampliando a base de contribuintes de forma justa.
  • Revisão de gastos públicos e programas sociais: para garantir a efetividade e a necessidade de cada um.
    A preocupação da Fiep ecoa o sentimento de grande parte da indústria brasileira, que clama por um ambiente de negócios mais favorável, com menor burocracia e, principalmente, com uma carga tributária mais justa e previsível. A entidade espera que o governo reavalie suas estratégias e priorize medidas que impulsionem a produtividade e o crescimento, em vez de penalizar aqueles que geram riqueza e empregos no país.
    Você acredita que o governo deveria focar mais em cortar gastos do que em aumentar impostos para equilibrar as contas públicas? Compartilhe sua opinião!

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