A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) cedeu à pressão e anunciou uma adequação na resolução sobre formação e progressão de professores, permitindo a justificativa de ausências em cursos online através de atestado médico. A medida surge após a repercussão de casos de docentes participando das atividades remotamente, mesmo em condições de saúde adversas.
A situação ganhou notoriedade com a viralização nas redes sociais de relatos e imagens de professores acompanhando a formação de leitos hospitalares para não serem penalizados com faltas. A exigência de 100% de frequência nos cursos online, como o programa “Formadores em Ação”, gerou indignação entre a categoria, que apontou a falta de sensibilidade da secretaria diante de imprevistos de saúde.
Um dos casos que gerou grande comoção foi o de um professor que, estava acamado e de um leito hospital , precisou se manter conectado ao curso para evitar prejuízos na sua progressão de carreira. A situação foi relatada em um grupo de WhatsApp de um colégio e rapidamente chegou ao conhecimento público, intensificando as críticas à SEED-PR.
Em resposta à crescente pressão, a secretaria emitiu um comunicado oficial informando sobre a mudança na resolução. “A Secretaria Estadual da Educação do Paraná (SEED-PR) informa que já está realizando uma adequação na resolução sobre formação e progressão para permitir a justificativa de ausências por meio de atestado médico”, diz a nota.
A SEED-PR justificou a alteração como uma forma de garantir que “situações de saúde sejam devidamente consideradas e que os profissionais possam participar da formação de forma adequada, sem prejuízo para seu desenvolvimento na carreira”. A secretaria reafirmou o seu “compromisso com a valorização dos professores e a melhoria contínua das condições de formação na rede estadual de ensino”.
Apesar da mudança ser vista como um avanço, a polêmica expôs a fragilidade da relação entre a SEED-PR e os professores, especialmente no que diz respeito às condições de trabalho e formação continuada. A exigência de frequência integral em cursos online, mesmo diante de problemas de saúde, foi considerada por muitos como desrespeitosa e incompatível com as necessidades da categoria.
A alteração na resolução representa uma vitória para os professores do Paraná, que demonstraram sua insatisfação e reivindicaram condições mais humanas para a sua participação em programas de formação. Resta agora acompanhar a implementação da medida e verificar se, de fato, a nova regra contemplará as diversas situações de saúde que podem impedir a presença integral nos cursos online.
Formação online sobrevive: após pressão, SEED-PR permite atestado médico para professores
