Medida de Trump pode impactar bilhões em exportações brasileiras; entenda os riscos e as reações do Brasil
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enviou um alerta direto aos Estados Unidos: as tarifas comerciais propostas por Donald Trump podem “comprometer severamente” as relações econômicas entre os dois países. A declaração foi feita após a possibilidade de o ex-presidente norte-americano, que busca a reeleição, aumentar impostos sobre importações — incluindo produtos brasileiros.
Segundo fontes oficiais, a medida, se implementada, atingiria setores estratégicos como aço, etanol e agrícola, que movimentam bilhões de dólares anuais nas exportações do Brasil para os EUA. O Itamaraty já sinalizou que a política protecionista de Trump “ameaça décadas de parceria comercial” e pode levar a retaliações ou revisão de acordos.
O impacto econômico
Dados do Ministério da Economia mostram que os EUA são o 2º maior destino das vendas externas brasileiras, com um fluxo de US$ 36,2 bilhões em 2023. Produtos como café, suco de laranja e carne bovina dependem do mercado americano. Especialistas temem que as tarifas reduzam a competitividade do Brasil e desviem negócios para concorrentes como Argentina e Canadá.
Reação internacional
A postura de Lula alinha-se a críticas globais contra o protecionismo de Trump. Em 2018, quando o republicano impôs tarifas similares, o Brasil perdeu US$ 5 bilhões em exportações. Agora, o Planalto busca apoio de outros países emergentes para pressinar Washington e evitar uma guerra comercial.