Professores da rede municipal de SP anunciam greve escalonada por reajuste salarial e fim de descontos em aposentadorias
Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram intensificar a pressão por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho com uma série de paralisações escalonadas, programadas para ocorrer em todas as 13 Diretorias Regionais de Educação (DREs) a partir da próxima semana. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM), também reivindica o fim dos descontos nas folhas de pagamento de aposentados e a revisão do plano de carreira.
De acordo com o cronograma divulgado, cada região terá um dia específico de paralisação, podendo afetar aulas em escolas municipais de acordo com a adesão local. O protesto ocorre após a categoria rejeitar a proposta da Prefeitura de reajuste linear de 6% em julho, considerado insuficiente frente à inflação acumulada de 10,6% nos últimos 12 meses (dados do IPCA/IBGE).
Impacto nas aulas
Segundo o SINPEEM, a decisão de aderir ou não à paralisação caberá a cada escola, mas a expectativa é que milhares de professores participem, podendo afetar mais de 350 mil estudantes. A Prefeitura ainda não se pronunciou sobre contingências, mas pais devem ficar atentos a comunicados oficiais.
Contexto da crise
A categoria alega que, além do reajuste abaixo da inflação, sofre com a precarização do piso salarial e com descontos abusivos em aposentadorias – alguns chegando a 30% do valor. Em maio, um protesto reuniu 15 mil pessoas no centro da capital, mas sem avanços nas negociações.
Próximos passos
Se as demandas não forem atendidas, o SINPEEM ameaça convocar uma greve geral indefinida em agosto, coincidindo com o período de volta às aulas. Enquanto isso, a Prefeitura afirma que “mantém o diálogo” e que a proposta de 6% está alinhada ao orçamento municipal.
Fontes complementares: Portal G1, Folha de S.Paulo, e site oficial do SINPEEM.
