Ponta Grossa, PR – A Polícia Civil do Paraná (PCPR), através do 2° Distrito Policial de Ponta Grossa, concluiu nesta segunda-feira (12) a investigação sobre um chocante caso de maus-tratos contra uma cachorra no bairro Jardim Carvalho. Ágata, uma cadelinha de cinco anos, foi vítima de um ato cruel na última sexta-feira (09), quando um coletor de lixo da empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA) a jogou no compactador de um caminhão após ser atropelada.
De acordo com as informações apuradas, Ágata havia escapado de sua residência na manhã de sexta-feira. O incidente ganhou grande repercussão após vídeos do momento circularem nas redes sociais, gerando revolta e comoção entre os moradores de Ponta Grossa e em todo o estado.
As imagens mostram o momento em que o caminhão da PGA atropela a cadela. Em seguida, um dos coletores, sem aparentemente verificar se o animal ainda estava vivo, o arremessa para dentro do compactador do veículo. A atitude do funcionário gerou indignação e questionamentos sobre o procedimento da empresa em casos de atropelamento.
Em nota divulgada, a Ponta Grossa Ambiental informou que o motorista e o coletor envolvidos foram afastados de suas funções até a conclusão da apuração interna do caso. A empresa também declarou que a dupla não seguiu o protocolo adequado para situações como essa, que seria interromper a coleta e acionar o fiscal da operação.
A Prefeitura de Ponta Grossa também se manifestou sobre o ocorrido, informando que abriu um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o caso e que acompanha as investigações da Polícia Civil. A administração municipal ressaltou que repudia qualquer forma de maus-tratos contra animais.
A investigação da PCPR agora seguirá para o Ministério Público, que poderá oferecer denúncia contra o responsável pelo ato de crueldade. A legislação brasileira prevê punições para casos de maus-tratos a animais, com penas que podem incluir detenção e multa.
Este caso serve como um alerta para a importância da conscientização sobre os direitos dos animais e da necessidade de procedimentos claros e humanos em situações de emergência envolvendo a fauna urbana. A comoção causada pela morte de Ágata demonstra o crescente engajamento da sociedade na proteção e bem-estar animal.
Indignação em Ponta Grossa: coletor de lixo joga cadelinha atropelada viva em compactador
