Informação desencontrada sobre pagamento de ação judicial causa revolta entre professores no Paraná

Um clima de insatisfação tomou conta das Escolas Estaduais paranaenses durante o recreio de terça-feira (19), quando docentes abordaram um professor filiado à APP Sindicato (Sindicato dos Professores do Paraná) em busca de esclarecimentos sobre o andamento da chamada “Ação 2011/13”. O movimento, que garante o pagamento de diferenças salariais e benefícios retroativos a educadores, já era aguardado para os próximos meses, de acordo com a informação, esse benefício seria pago assim que os docentes ingressassem com ação, foi o que a maioria entendeu durante uma live. Segundo eles foram as informações repassadas aos professores. Agora a informação mudou e o processo pode levar até dois anos para ser concluído.

De acordo com relatos colhidos no local, o professor filiado à APP foi procurado por colegas após rumores de que um grupo estaria mobilizando a categoria para pressionar o sindicato. “Quieto, né? Porque o ‘boca aberta’ aqui foi lá chamar o povo pra retornar pro sindicato e quem não era filiado se filiar”, comentou o docente, sob condição de anonimato, em referência a uma possível campanha interna para fortalecer a base de associados.

Contexto da Ação 2011/13
A ação judicial em questão refere-se a uma reivindicação histórica da categoria, movida pelo sindicato entre 2011 e 2013, para corrigir defasagens salariais e garantir direitos. Embora a APP tenha anunciado avanços recentes na Justiça, o prazo estendido para o repasse gerou frustração. Dados apontam que mais de 50 mil professores no estado podem ser beneficiados, com valores individuais variando entre R$ 3 mil e R$ 15 mil, dependendo do tempo de serviço.

Mobilização nas escolas
Fontes ligadas ao movimento docente relatam que a notícia de uma ação e que seria rápida
no repasse tem sido usada como argumento para recrutar novos filiados, especialmente entre professores mais jovens. “Se a gente não se unir, perde força. O sindicato é a nossa voz, mas precisa de pressão interna para priorizar essa causa”, disse uma professora que participou da conversa.

Enquanto o dinheiro não chega, a expectativa é que o debate sobre a eficácia da representação sindical continue aquecendo os corredores escolares. Para muitos, a espera de dois anos soa como um novo teste à paciência de quem já enfrenta anos de salários congelados e más condições de trabalho.

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