Isenção do IR até R$ 5 mil: 10 milhões de brasileiros deixarão de declarar imposto; entenda as mudanças

Em uma medida que impactará diretamente o bolso de milhões de trabalhadores, a proposta de elevação da isenção do Imposto de Renda (IR) para rendimentos de até R$ 5 mil deve retirar cerca de 10 milhões de pessoas da base de contribuintes. A informação, divulgada inicialmente pelo portal G1, ganhou repercussão nacional e abre debates sobre os efeitos econômicos e sociais da mudança.

Atualmente, a isenção do IR para pessoas físicas é aplicada a quem recebe até R$ 2.259,20 mensais. Com o novo patamar, trabalhadores com renda entre esse valor e R$ 5 mil deixarão de pagar o imposto, reduzindo a carga tributária para famílias de baixa e média renda. Segundo especialistas, a medida pode injetar R$ 15 bilhões anuais na economia, estimulando o consumo em setores como varejo e serviços.

Dados complementares

  • A mudança está vinculada a um projeto de reforma tributária em discussão no Congresso, que prevê simplificar as alíquotas do IR.
  • De acordo com o IBGE, cerca de 68% dos trabalhadores formais no Brasil recebem até três salários mínimos (R$ 3.996 em 2023), grupo que seria amplamente beneficiado.
  • Críticos alertam para a necessidade de compensação fiscal, já que a isenção reduziria a arrecadação federal em aproximadamente 1,5% do PIB.

O governo defende que a medida é um passo para reduzir desigualdades. Em nota, o Ministério da Economia afirmou: “Priorizamos a justiça social sem descuidar do equilíbrio das contas públicas. A reforma será gradual e acompanhada de ajustes em outras áreas”.

Próximos passos
A proposta ainda depende de votação no Legislativo. Se aprovada, entrará em vigor em 2024, com reajustes anuais baseados na inflação. Enquanto isso, contribuintes aguardam ansiosos: “Sobraria mais para o mercado e o lazer da família”, comenta Maria Silva, assistente administrativa de São Paulo.

Para ficar de olho

  • A nova tabela do IR deve unificar faixas de renda e corrigir distorções acumuladas desde 2015.
  • Especialistas recomendam consultar um contador para reavaliar declarações a partir de 2024.

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Fontes: G1, IBGE, Ministério da Economia e análise de especialistas em tributação.


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