Itamaraty age nos bastidores para barrar sanções dos EUA contra Moraes


Em um cenário geopolítico delicado, o governo brasileiro intensificou nas últimas semanas uma estratégia discreta, porém firme, para evitar que os Estados Unidos imponham sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, conforme apurou a BBC News Brasil. A movimentação do Itamaraty ocorre em resposta a declarações de autoridades americanas que sinalizam a possibilidade de aplicação de medidas punitivas contra o magistrado.
Nos bastidores, a tônica é a cautela. A estratégia do governo brasileiro se concentra em manter o assunto em sigilo, buscando uma “saída silenciosa” para a crise diplomática, como reportou a CNN Brasil. O objetivo é claro: evitar uma escalada que possa tornar a situação ainda mais complexa nas relações bilaterais.
A preocupação do Brasil se intensificou após declarações do secretário de Estado americano, que concretizaram a possibilidade de sanções contra Moraes, segundo informações de bastidores obtidas pela BBC News Brasil. A Casa Branca tem sido pressionada por setores conservadores nos EUA, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que lidera um lobby ativo contra o ministro do STF, conforme noticiado.
A motivação para as possíveis sanções estaria relacionada a decisões de Moraes no âmbito do inquérito das fake news e outras investigações que tramitam no STF. Setores nos Estados Unidos alegam que essas decisões atentariam contra a liberdade de expressão.
Em resposta, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) divulgou uma nota expressando sua preocupação com a possibilidade de sanções, afirmando que tal medida representaria uma afronta à soberania nacional. O órgão instou as autoridades americanas a encerrarem os estudos para a aplicação de medidas contra o ministro.
A Lei Global Magnitsky, que permite ao governo americano sancionar estrangeiros acusados de violações de direitos humanos e corrupção, é apontada como um dos instrumentos legais que poderiam ser utilizados contra Moraes. No entanto, a aplicação de tal lei a um membro da Suprema Corte de outro país traria implicações diplomáticas significativas.
O governo brasileiro busca, portanto, através de contatos diplomáticos discretos, demonstrar aos Estados Unidos a complexidade da situação e os potenciais impactos negativos de uma eventual sanção, apostando no diálogo para evitar um conflito desnecessário e preservar a relação entre os dois países.

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