Juliana Leite Rangel, de 26 anos, atingida na cabeça por um tiro disparado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, continua internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Segundo o boletim médico mais recente, seu estado de saúde evoluiu de gravíssimo para regular, com progressos notáveis na recuperação.
A paciente já consegue respirar sem o auxílio de ventilação mecânica, utilizando traqueostomia em ar ambiente. Está acordada, interage com os profissionais de saúde, responde a comandos e movimenta os quatro membros. A fisioterapia respiratória ocorre sem necessidade de aparelhos, indicando recuperação das funções motoras e cognitivas.
Apesar das melhoras, Juliana permanece no CTI, sob acompanhamento de neurocirurgiões, psicólogos e uma equipe multidisciplinar, sem previsão de alta. O processo de reabilitação psicomotora continuará conforme sua tolerância.
Relembre o caso
Na noite de 24 de dezembro, Juliana viajava com a família para Niterói, onde celebrariam a ceia de Natal, quando o veículo foi alvejado por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem. Além de Juliana, seu pai, Alexandre Rangel, também foi baleado.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos agentes envolvidos. A PRF informou que os policiais – dois homens e uma mulher – foram afastados preventivamente das atividades operacionais e que um procedimento interno foi aberto para investigar as circunstâncias do ocorrido.
O caso levanta questões sobre o uso da força por parte de agentes de segurança pública e a necessidade de protocolos mais rigorosos para evitar tragédias semelhantes. A sociedade aguarda respostas e medidas que garantam a segurança dos cidadãos e a responsabilização de eventuais excessos cometidos por autoridades.