Iniciativa da Prefeitura ensina alunos sobre compostagem e reduz o impacto ambiental, transformando restos de alimentos em recursos valiosos para as próprias escolas.
Maringá, conhecida por seus avanços em sustentabilidade, dá mais um passo rumo a um futuro mais verde com a implantação de composteiras em suas unidades escolares. A iniciativa, liderada pela Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Educação e do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), tem como objetivo principal educar os alunos sobre a importância do reaproveitamento de resíduos orgânicos, transformando o que antes era lixo em valioso adubo.
O projeto foca no reaproveitamento dos restos da merenda escolar, como cascas de frutas, verduras e outros preparos de alimentos. Através da compostagem, um processo natural de decomposição da matéria orgânica, esses resíduos são convertidos em um fertilizante rico em nutrientes, que pode ser utilizado nos jardins e hortas das próprias escolas.
A ação vai além da simples destinação correta do lixo. Ela proporciona aos estudantes uma experiência prática e enriquecedora sobre o ciclo da vida e a importância da sustentabilidade. Ao participarem ativamente do processo, desde a separação dos resíduos até a utilização do adubo, os alunos aprendem de forma concreta sobre a redução do impacto ambiental e a valorização dos recursos naturais.
A compostagem em escolas traz uma série de benefícios, que vão desde a redução do volume de lixo enviado para aterros sanitários – um problema crescente em muitas cidades brasileiras – até a produção de alimentos mais saudáveis nas hortas escolares. Além disso, como apontam especialistas em educação ambiental, a composteira se torna uma ferramenta pedagógica poderosa, permitindo a abordagem de temas multidisciplinares como geografia, história, ciências e sociologia, enriquecendo o aprendizado dos alunos.
Iniciativas semelhantes já são realidade em outras escolas pelo Brasil, demonstrando o potencial da compostagem como prática sustentável e educativa. Em Paranaguá, por exemplo, o projeto “Compostar para Cultivar” do Portos do Paraná instalou composteiras em escolas da Ilha do Mel, com os próprios alunos realizando o processo a partir dos restos da merenda. Já em Petrolina (PE), estudantes da UNIVASF desenvolvem projetos de compostagem doméstica em parceria com o Programa Escola Verde, unindo teoria e prática em prol da sustentabilidade.
A preocupação com a destinação correta dos resíduos em Maringá é evidente. O município conta com diversos pontos de coleta seletiva e até mesmo uma central de recolhimento de móveis, demonstrando um esforço contínuo para minimizar o impacto ambiental do lixo. A implantação de composteiras nas escolas se soma a essas ações, fortalecendo o compromisso da cidade com a sustentabilidade e oferecendo às novas gerações a oportunidade de aprender e praticar a gestão responsável dos resíduos desde cedo.
Com a implementação das composteiras, a Prefeitura de Maringá não apenas promove a educação ambiental, mas também incentiva a autonomia das escolas na produção de seus próprios insumos para jardinagem e até mesmo para a produção de alimentos mais saudáveis, fechando um ciclo virtuoso de aprendizado e sustentabilidade.
Lixo que vira ouro: escolas de Maringá tansformam merenda em adubo e lição de sustentabilidade
