Presidente Lula confirma presença no funeral e convida líderes do Congresso e STF para viagem histórica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja da Silva confirmaram a participação no velório do Papa Francisco, marcado para sábado (26/4) na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A comitiva brasileira, ainda em definição, terá caráter “enxuto”, segundo fontes do Planalto, devido à expectativa de multidões em Roma durante o Jubileu Católico e o funeral, que atrairá líderes globais como Donald Trump e Emmanuel Macron .
Estratégia política e simbologia
Lula pretende convidar os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma tentativa de “sinalizar unidade nacional” e reproduzir o impacto simbólico da viagem de 2005, quando liderou uma delegação com ex-presidentes ao funeral de João Paulo II . A iniciativa também busca fortalecer diálogos com o Congresso, em meio a pressões por reformas ministeriais .
Detalhes da viagem
- Data e local: O funeral ocorrerá às 10h (horário de Roma, 5h em Brasília) na Basílica de São Pedro, seguindo o protocolo vaticano. O corpo do Papa será exposto para despedida pública até sexta-feira (25/4) .
- Sepultamento: Francisco será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, conforme seu desejo de simplicidade, rompendo com a tradição de sepultamento em São Pedro .
- Agenda de Lula: O presidente ajustou compromissos, incluindo uma reunião com líderes do Congresso, para priorizar a viagem, reforçando a importância da relação pessoal com o pontífice, que incluiu encontros sobre combate à fome e paz na Ucrânia .
Relação Lula-Francisco: uma parceria progressista
Lula destacou o Papa como “defensor dos excluídos e crítico das desigualdades”, em decreto de luto oficial de sete dias no Brasil . A conexão entre os dois incluiu cartas trocadas durante a prisão de Lula em 2019 e encontros no Vaticano para discutir temas como mudanças climáticas e justiça social .
Contexto internacional
O evento reunirá chefes de Estado de mais de 50 países, incluindo Volodímir Zelenski (Ucrânia) e Gabriel Boric (Chile). A ausência de Vladimir Putin (Rússia) foi confirmada pelo Kremlin, que enviará outro representante .
Fontes consultadas: G1 | DW | Metrópoles | France24.