Lume na mira: greve por salários atrasados termina em demissões e indignação


A empresa Lume Serviços Gerais, pertencente ao Grupo Life Service, é alvo de severas críticas após dispensar um grupo de funcionários que realizaram uma paralisação pacífica em busca de seus direitos trabalhistas. A carta de repúdio, assinada por trabalhadores e apoiadores, denuncia a atitude da empresa como arbitrária, injusta e retaliatória.
Segundo o documento, a decisão de cruzar os braços foi motivada pelo reiterado descumprimento das obrigações trabalhistas por parte da Lume, incluindo o não pagamento de salários e benefícios previstos por lei. A paralisação, um direito constitucionalmente garantido, representou uma medida extrema diante da negligência da empresa em honrar seus compromissos com os colaboradores.
A situação da Lume Serviços Gerais e do Grupo Life Service não é inédita. Levantamento na internet revela um histórico de problemas com pagamentos e benefícios a seus funcionários. Em agosto de 2024, o próprio SIEMACO-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana do Estado de São Paulo) noticiou paralisações de trabalhadores da Lume e Fik Limp (também do Grupo Life Service) devido a atrasos em salários, vale-refeição, vale-alimentação e vale-transporte.
Mais recentemente, em março de 2025, o portal Brasil de Fato reportou que funcionárias terceirizadas que prestavam serviços de limpeza em escolas da Prefeitura de São Paulo, contratadas através da Lume, também relataram atrasos no pagamento do vale-alimentação e das férias. Na ocasião, a reportagem questionou a prefeitura sobre a concessão de uma homenagem à empresa, mas não obteve resposta.
Outra notícia, de abril de 2025 no portal ABCdoABC, informa que trabalhadoras da limpeza escolar em São Paulo continuavam em paralisação por atraso de salários e outros benefícios como FGTS e férias vencidas. A nota cita declarações de representantes sindicais indignados com a falta de repasse dos pagamentos por parte da Lume, mesmo após a prefeitura realizar os devidos pagamentos à empresa.
Diante desse histórico, a demissão dos trabalhadores que ousaram reivindicar seus direitos acende um alerta sobre as práticas da Lume Serviços Gerais e a fragilidade da situação de trabalhadores terceirizados. A legitimidade da greve como instrumento de pressão frente ao não cumprimento de obrigações trabalhistas é inegável, e a atitude da empresa em retaliar seus funcionários pode gerar consequências legais e um desgaste ainda maior em sua imagem. A sociedade aguarda um posicionamento da Lume Serviços Gerais sobre as demissões e uma solução para os problemas recorrentes de atraso nos pagamentos de seus trabalhadores.

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