Maringá, PR – A cidade canção vive uma semana de contrastes. Enquanto o tradicional Colégio Estadual Gastão Vidigal abriu suas portas para o período de matrículas, sinalizando o início de um novo ano letivo para centenas de estudantes, uma paralisação de motoristas da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) trouxe à tona a crescente preocupação com a segurança dos trabalhadores do setor.
No Colégio Estadual Gastão Vidigal, um dos mais antigos e renomados da cidade, o movimento de pais e responsáveis em busca de garantir uma vaga para seus filhos já começou. De acordo com informações da Secretaria de Educação do Paraná, o período principal de matrículas para a rede estadual, incluindo o Colégio Gastão Vidigal, ocorreu em novembro de 2024, com as rematrículas realizadas entre 4 e 12 de novembro e as matrículas iniciais de 13 a 29 de novembro, ambas de forma online. A previsão é que as aulas para o ano letivo de 2025 comecem em 5 de fevereiro. Além do ensino regular, o colégio também oferece cursos técnicos, com inscrições para algumas modalidades ocorrendo em períodos distintos ao longo do ano. Para este ano, o início das aulas para os cursos técnicos subsequentes está previsto para 28 de julho de 2025, com inscrições online e presenciais na secretaria escolar.
Em paralelo ao movimento escolar, a rotina dos usuários do transporte público em Maringá foi impactada por uma paralisação dos motoristas da TCCC na tarde desta quinta-feira (29). A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Maringá (Sinttromar), foi uma resposta à brutal agressão sofrida pelo motorista Leandro Lopes na última terça-feira (27).
Segundo relatos do sindicato, o motorista foi atacado com socos por um passageiro após se recusar a parar fora do ponto de ônibus, seguindo as normas da empresa. A agressão resultou em ferimentos no rosto do trabalhador. Em nota pública, o Sinttromar expressou “total repúdio à agressão sofrida” e exigiu medidas mais efetivas para garantir a segurança dos motoristas durante o exercício de suas funções. A paralisação, que ocorreu no Terminal Urbano, visou alertar a população e as autoridades sobre a vulnerabilidade dos profissionais do transporte coletivo.
Este episódio de violência reacende o debate sobre as condições de trabalho e a segurança dos motoristas de ônibus em Maringá, um tema que já motivou outras paralisações na cidade em anos anteriores. Enquanto estudantes se preparam para um novo ciclo de aprendizado, a comunidade também volta seus olhos para a necessidade de garantir um ambiente de trabalho seguro e digno para todos os trabalhadores da cidade, incluindo aqueles que garantem a mobilidade urbana.
Maringá em dois tempos: enquanto estudantes se preparam para o novo ano letivo, motoristas param por mais segurança
