O discurso de Eduardo Bolsonaro sobre “perseguição política” não é apenas uma defesa pessoal, mas um componente estratégico de um movimento internacional que busca minar a credibilidade das instituições democráticas. Documentos e análises de think tanks europeus e latino-americanos revelam que o bolsonarismo está alinhado a um roteiro global da extrema direita, que inclui:
- Narrativas de Vitimização: Amplificar a ideia de “censura” ou “perseguição” para mobilizar bases e justificar ações antidemocráticas, como já ocorreu nos EUA pós-2020 e na Itália sob Meloni.
- Desgaste Pré-Eleitoral: Questionar antecipadamente a lisura das urnas em 2026, replicando o manual de desinformação usado por Trump em 2020 e por Javier Milei na Argentina, onde ataques ao sistema eleitoral viraram arma de campanha.
- Rede Transnacional de Apoio: Líderes como Viktor Orbán (Hungria) e Giorgia Meloni já manifestaram solidariedade a grupos bolsonaristas, enquanto think tanks conservadores nos EUA articulam financiamento e apoio midiático internacional.
Segundo um relatório do European Democracy Institute, a meta é criar um “terreno fértil para o caos” em 2026, desacreditando possíveis derrotas eleitorais e legitimando protestos radicais. O perigo, alertam analistas, é que essa estratégia não se limita ao Brasil: é um teste para a resiliência democrática global, com a extrema direita usando países periféricos como laboratório de táticas autoritárias.
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro mantém contato com grupos como o Turning Point USA e o espanhol Vox, que já ofereceram suporte jurídico e de inteligência de dados. O temor é que, em 2026, o Brasil viva um 2020 brasileiro: não apenas uma eleição, mas uma guerra híbrida, com fake news, lawfare e pressão internacional para desestabilizar o país. A democracia, mais uma vez, está na mira.