Paraná: professor hospitalizado faz Curso Online no leito por exigência do Governo Ratinho Junior


Um professor da rede estadual de ensino do Paraná tem viralizado nas redes sociais nesta quarta-feira (21) após a divulgação de uma imagem comovente: ele participa do curso de formação continuada “Formadores em Ação” diretamente do leito de um hospital. A situação, que gerou indignação e debate sobre as políticas educacionais do estado, ocorre devido à exigência de 100% de frequência no curso por parte do governo estadual, que, segundo relatos, não estaria aceitando atestados médicos para justificar ausências.
O programa “Formadores em Ação”, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Paraná (SEED-PR) iniciada em julho de 2020, tem como objetivo promover a formação continuada entre os profissionais da educação, valorizando a troca de experiências e o fortalecimento da aprendizagem dos estudantes. No entanto, a rigidez na exigência de frequência integral tem gerado críticas, especialmente em casos como o do professor hospitalizado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), a situação é desumana e demonstra a falta de sensibilidade do governo Ratinho Júnior com os profissionais da educação. Em nota divulgada, o sindicato questiona a prioridade dada à burocracia em detrimento da saúde e do bem-estar dos professores.
Apesar de a legislação estadual prever afastamentos por motivo de saúde amparados por atestado médico, o caso deste professor levanta dúvidas sobre a aplicação dessas normas no contexto específico do curso “Formadores em Ação”. A informação disponível indica que o Estado do Paraná paga até 15 dias de afastamento médico a professores contratados, dentro de um período de 60 dias, desde que a Classificação Internacional de Doenças (CID) seja da mesma natureza. Para servidores estatutários, a orientação é que atestados de até três dias no mês não precisam ser lançados no sistema, ficando a critério da chefia imediata a condução. Para atestados superiores a três dias, há um procedimento específico que envolve a direção da instituição de ensino.
No entanto, a exigência de frequência de 100% no curso “Formadores em Ação” parece sobrepor essas regulamentações, forçando o professor, mesmo em condições de saúde delicadas, a participar das atividades para não ser prejudicado. A situação expõe a pressão enfrentada pelos educadores do estado e reacende o debate sobre as condições de trabalho e a valorização da categoria.
. A imagem está circulando nas redes sociais, gerando uma onda de solidariedade ao docente e críticas à postura do governo estadual em relação à formação continuada e à saúde de seus profissionais. A comunidade educacional aguarda um posicionamento das autoridades competentes e possíveis revisões nas políticas de frequência de cursos obrigatórios, visando um tratamento mais humanizado e flexível para os educadores do Paraná.

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