Um erro chocante em um hospital de Santa Catarina deixou duas famílias em luto mergulhadas em dor e indignação. A troca involuntária dos corpos de dois recém-nascidos foi descoberta momentos antes do sepultamento, quando parentes notaram discrepâncias nas características físicas das crianças. A situação, classificada como “traumática e inaceitável” pelas vítimas, expôs falhas graves no protocolo de identificação da instituição de saúde.
De acordo com os relatos, os bebês nasceram no mesmo dia e foram levados para procedimentos de rotina, mas, devido a uma suposta negligência na checagem de pulseiras de identificação, os corpos foram entregues às famílias equivocadamente. A confusão só veio à tona quando uma das mães, ao se despedir do filho, percebeu que a criança não usava a roupinha escolhida pela família e tinha marcas distintas das registradas após o nascimento.
O hospital emitiu um comunicado reconhecendo o erro e afirmou que está colaborando com as investigações. A Justiça de SC determinou que as famílias recebam uma indenização por danos morais, estimada em R$ 200 mil, além de acompanhamento psicológico gratuito. O caso reacendeu debates sobre a segurança em maternidades e a necessidade de fiscalização rigorosa nos processos de identificação de pacientes.
Enquanto as famílias buscam refazer o luto com dignidade, o incidente serve como alerta para que histórias como essa não se repitam. “Nada apagará o sofrimento de ter que reabrir a ferida do adeus”, desabafou uma das mães, em entrevista coletiva. Agora, além de reparação financeira, elas exigem mudanças estruturais para transformar a dor em prevenção.
🔍 Contexto Extra:
- Este não é o primeiro caso do tipo no Brasil: em 2019, um hospital no RJ foi multado após trocar corpos de idosos.
- Especialistas destacam que tecnologias como biometria e chips de identificação poderiam evitar erros humanos.
- A indenização em SC inclui verba para cerimônias simbólicas de despedida, já que os corpos foram enterrados pelas famílias erradas.