Carlos Alberto de Jesus, policial militar da reserva que admitiu ter atirado contra uma motocicleta onde estava o universitário Eduardo Felipe Santos Victor, prestou novo depoimento nesta terça-feira (25). O caso, que chocou a opinião pública, ganhou novos detalhes durante a investigação conduzida pela delegacia responsável.
De acordo com informações apuradas, o PM alegou legítima defesa durante o depoimento, afirmando que agiu após se sentir ameaçado pela moto, que teria avançado em sua direção. No entanto, testemunhas e imagens de câmeras de segurança contestam a versão do policial, sugerindo que o universitário não representava nenhuma ameaça no momento do ocorrido.
Eduardo Felipe, de 23 anos, foi atingido por um tiro no braço e precisou ser socorrido às pressas. Ele afirma que estava apenas passando pelo local quando o policial, sem justificativa aparente, efetuou o disparo. “Eu não fiz nada. Estava apenas indo para casa”, declarou o jovem em entrevista coletiva realizada na semana passada.
O caso ganhou repercussão nacional após vídeos e relatos nas redes sociais questionarem a conduta do policial, levantando debates sobre abuso de autoridade e violência policial. Organizações de direitos humanos e movimentos estudantis têm pressionado por uma investigação rigorosa e pela punição dos responsáveis.
O delegado responsável pelo caso, Marcos Aurélio Costa, afirmou que todos os detalhes estão sendo minuciosamente analisados, incluindo laudos periciais e depoimentos de testemunhas. “Estamos comprometidos em apurar a verdade e garantir que a justiça seja feita”, declarou.
Enquanto isso, a família de Eduardo Felipe aguarda ansiosamente por respostas. “Queremos justiça e que casos como esse não se repitam”, disse a mãe do universitário, Maria Santos.
O caso continua em investigação, e novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias. A expectativa é que o inquérito seja concluído em breve, trazendo clareza sobre os fatos e responsabilizando os envolvidos.