O professor Sebastião Donizete Santarosa, da região metropolitana de Curitiba, tem se destacado como uma voz ativa na denúncia da precarização da educação no Paraná. Em recentes declarações, ele criticou duramente as políticas educacionais implementadas pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte do Paraná (SEED-PR), sob a gestão do secretário Roni Miranda e do governador Ratinho Jr.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o secretário Roni Miranda atribuiu à pandemia a responsabilidade pela defasagem na aprendizagem dos alunos, justificando a necessidade de um componente de recomposição educacional. No entanto, Santarosa contesta essa visão, apontando que os problemas na educação paranaense antecedem a crise sanitária.
Segundo o professor, desde 2019, com a nomeação de um secretário sem experiência na área educacional, a SEED-PR teria se transformado em um “balcão de negócios”, comprometendo projetos pedagógicos que vinham sendo desenvolvidos ao longo de décadas. Ele argumenta que a desumanização das escolas resultou na incapacidade de ensinar conteúdos básicos aos alunos, tornando necessária a implementação de medidas paliativas, como a recomposição de aprendizagem.
Santarosa também critica a constante introdução de “novidades” e improvisações por parte dos técnicos de ensino da SEED-PR, afirmando que “educação não combina com improvisos” e que “tecido podre não se remenda”. Para ele, é fundamental que as políticas educacionais sejam planejadas e executadas com seriedade e compromisso, visando a construção de um sistema de ensino de qualidade para todos os estudantes paranaenses.
As críticas do professor refletem um sentimento compartilhado por diversos educadores e especialistas, que apontam para a necessidade de uma gestão mais eficiente e comprometida com a valorização da educação pública no estado do Paraná.
