Uma pesquisa recente da Equilíbrio Pesquisa, associada ao Jornal Expresso BR, revela um cenário alarmante para o prefeito Carlos Caxão (PSD). Se as eleições municipais fossem realizadas hoje, com os mesmos candidatos de 2024, o atual gestor ficaria em último lugar, segundo os dados. A queda livre na popularidade reflete a insatisfação da população com uma administração pública marcada por falta de resultados visíveis e gestão ineficiente.
Do triunfo eleitoral à crise de credibilidade
Em outubro de 2024, Carlos Caxão foi eleito com 44,01% dos votos válidos , destacando-se em uma campanha que prometia experiência acumulada em oito anos como gestor em Corumbataí do Sul. O slogan, porém, não se traduziu em ações concretas em Barbosa Ferraz. A falta de visibilidade para obras e políticas públicas essenciais, como limpeza urbana e parcerias em saúde e educação – áreas sob responsabilidade municipal –, gerou descontentamento .
O preço da ineficiência
A administração de Caxão enfrenta críticas semelhantes às apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em sua Lista de Alto Risco da Administração Pública Federal, que destaca falhas crônicas como atrasos em benefícios sociais, gestão deficiente de obras paralisadas e falta de transparência fiscal . Embora o relatório do TCU aborde o âmbito federal, os problemas locais de Barbosa Ferraz ecoam esses desafios:
- Obras paralisadas: O município sofre com a falta de avanço em projetos de infraestrutura, um problema que consome recursos e afeta a qualidade de vida .
- Falta de articulação: A gestão de Caxão é acusada de não integrar adequadamente políticas com governos estadual e federal, essenciais para áreas como saúde e educação .
- Transparência fiscal: A prestação de contas da campanha de Caxão, que declarou R$ 1,39 milhão em bens, ainda não foi totalmente detalhada publicamente, alimentando desconfiança .
A urgência de uma virada
Para reverter o cenário, especialistas sugerem que a prefeitura adote medidas urgentes:
- Comunicação transparente: Divulgar metas e resultados de forma clara, algo ausente na gestão atual.
- Parcerias estratégicas: Ampliar colaborações com o estado e União, seguindo exemplos de boas práticas em políticas públicas durante a pandemia .
- Foco em obras prioritárias: Retomar projetos paralisados, alinhando-se às recomendações do TCU para evitar desperdício de recursos .
O fantasma das eleições futuras
A pesquisa da Equilíbrio Pesquisa indica que, sem mudanças, Caxão perderá espaço para adversários como Marinalva Carvalho (PP), que obteve 39,14% dos votos em 2024 . O eleitorado, especialmente os 21,02% que se abstiveram na última eleição, demanda ações imediatas .
Conclusão
A trajetória de Carlos Caxão em Barbosa Ferraz serve de alerta: promessas eleitorais não bastam sem execução eficiente. Enquanto a gestão não priorizar transparência e resultados mensuráveis, o preço político continuará alto. Como destacou o TCU, “problemas crônicos dificultam a entrega de valor público aos cidadãos” – uma lição que o prefeito precisa aprender antes que seja tarde.
Para mais detalhes sobre a gestão pública brasileira: Lista de Alto Risco do TCU | Dados eleitorais de Barbosa Ferraz.