Reajuste de até 9% para servidores federais: governo confirma pagamento retroativo de R$ 17,9 bi em 2 de maio



Ministério da Gestão detalha impacto orçamentário e mudanças estruturais no serviço público

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) confirmou oficialmente que o reajuste salarial retroativo a janeiro de 2025 para servidores federais será pago em 2 de maio, junto com os vencimentos de abril. A medida, que impactará R$ 17,9 bilhões no Orçamento deste ano, beneficiará 1,2 milhão de servidores ativos, aposentados e pensionistas da União .


Detalhes do reajuste e retroativos

  • Percentuais: Os aumentos seguem a Medida Provisória 286/2024, negociada em 2024, com reajuste médio de 9% a partir de janeiro de 2025 e 5% previstos para abril de 2026 .
  • Retroativo: Os valores acumulados desde janeiro serão depositados em uma única parcela, sem uso de folha suplementar, para evitar descontos indevidos de Imposto de Renda .
  • Auxílios: Além do salário, benefícios como auxílio-alimentação (aumento de 51,9% em 2024) e auxílio-saúde (49,3%) serão ajustados .

Contexto orçamentário e legal

A sanção do Orçamento Geral da União 2025 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (10/04) desbloqueou o pagamento, inicialmente travado pela demora na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pelo Congresso . A MP 286, que formalizou os acordos salariais, permanece válida até 2 de junho, enquanto um projeto de lei (PL) tramita para substituí-la .


Mudanças estruturais no serviço público

Além dos reajustes, o plano inclui:

  1. Modernização de cargos: 14.989 funções obsoletas serão substituídas por 15.670 novas, sendo 10.930 na área da educação .
  2. Progressão de carreira: O tempo para alcançar o topo da carreira foi estendido para adequar-se às “exigências fiscais e de gestão” .
  3. Impacto fiscal: Além dos R$ 17,9 bilhões em 2025, o ajuste custará R$ 8,5 bilhões em 2026 .

Histórico recente

  • 2023: Reajuste linear de 9% e aumento de 43,6% no vale-alimentação.
  • 2024: Ano sem correção salarial, mas com incremento em benefícios .
  • Último acordo amplo: Realizado em 2015, durante o governo Dilma Rousseff .

Preocupações e próximos passos

Servidores questionam a ausência de folha suplementar para o retroativo, mas o MGI garantiu que os cálculos consideram faixas específicas de tributação. Entidades como o ANDES-SN cobram o cumprimento integral dos acordos, incluindo revisões de decretos sobre controle de frequência docente .

Pronunciamento oficial:
“Priorizamos a operacionalização da folha para garantir direitos sem prejuízos fiscais”, destacou o MGI em nota .


Fontes: Agência Brasil, O Globo, Metrópoles, ANDES-SN e PROIFES.

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