Maringá, Paraná – O ex-governador e ex-senador Roberto Requião não poupou críticas ao comentar a recente decisão do governo estadual de privatizar partes do Porto de Paranaguá. Conhecido por sua postura ferrenha em defesa do patrimônio público, Requião manifestou sua indignação através de suas redes sociais e em entrevistas, alertando para os riscos da entrega de um dos principais ativos do estado à iniciativa privada.
Desde gestões anteriores, Requião tem sido um crítico vocal de qualquer tentativa de privatizar o porto paranaense. Em declarações de anos atrás, ele já expressava a preocupação de que a privatização colocaria o porto sob a direção de interesses alheios ao país, visando apenas o lucro. Para o ex-governador, o Porto de Paranaguá, por sua importância para as exportações brasileiras, deveria permanecer sob controle público para garantir que seus benefícios sejam direcionados ao desenvolvimento do Paraná e do Brasil.
“Estão querendo vender o canal de acesso ao porto, o Canal da Galheta. Daqui a pouco, um grupo de chineses ou de europeus toma conta do porto e Paranaguá não vai nem entender o que eles falam, porque não falam a nossa língua”, declarou Requião em uma entrevista recente, reiterando sua preocupação com a soberania nacional e os impactos para a população local.
A privatização do Porto de Paranaguá tem sido um tema recorrente no debate político paranaense. Enquanto o governo estadual, atualmente sob a gestão de Ratinho Jr., comemora a venda de partes do porto como um avanço para a modernização e eficiência do terminal, críticos como Requião argumentam que a medida pode comprometer a receita do estado e favorecer interesses privados em detrimento do bem público.
Segundo informações divulgadas, o governo do Paraná concretizou a venda de três partes do Porto de Paranaguá, marcando o estado como o primeiro no Brasil a ter um porto público com toda a sua área regularizada. A expectativa é que a iniciativa privada traga investimentos e otimize a operação do porto, que é um dos mais importantes da América Latina para o escoamento de grãos e outras mercadorias.
No entanto, Requião e outros opositores questionam a real necessidade da privatização, lembrando os bons resultados que o porto já alcançava sob administração pública. Em 2008, por exemplo, o próprio Requião destacava o Porto de Paranaguá como o melhor do país, com excelentes resultados de gestão que teriam levado o Governo Federal a desistir da privatização dos portos brasileiros na época.
O debate sobre a privatização do Porto de Paranaguá certamente continuará acirrado, com diferentes visões sobre o futuro de um dos pilares da economia paranaense. A população agora acompanha de perto os próximos passos e os impactos que essa mudança de gestão trará para o estado.
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