Uma investigação policial, revelou um esquema de desvio de verba pública envolvendo uma servidora pública. Segundo informações divulgadas, a servidora utilizava um familiar para receber valores que deveriam ser destinados a terceiros, como peritos e procuradores de processos judiciais. A tática, de acordo com o delegado responsável pelo caso, consistia em nomear o parente para receber os pagamentos, que posteriormente eram repassados à servidora.
A descoberta do esquema levanta preocupações sobre a fiscalização e a integridade no serviço público. Casos como este não são isolados e, infelizmente, corroem a confiança da população nas instituições. Em Maringá, por exemplo, uma servidora da Justiça está sendo investigada por um desvio de mais de R$ 210 mil utilizando alvarás falsos. O modus operandi também envolvia um familiar que recebia os valores e os repassava para a servidora, que já foi afastada de suas funções após a descoberta da fraude, conforme noticiou o Maringá Post recentemente.
A Polícia Federal também tem atuado em casos de desvio de dinheiro público. Em dezembro de 2024, deflagrou uma operação que investigava desvios superiores a R$ 120 milhões em contratos de um município com orçamento anual de R$ 350 milhões. Outro caso, divulgado pelo próprio órgão, culminou no afastamento de um servidor público da Caixa Econômica Federal, suspeito de desviar cerca de R$ 600 mil.
A prática de peculato, que consiste na apropriação por um funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio, é um crime previsto no Código Penal Brasileiro. A pena para este tipo de delito pode variar de dois a doze anos de reclusão, além de multa.
A investigação em curso busca agora identificar a extensão total dos desvios, o tempo de atuação do esquema e se outros servidores públicos podem estar envolvidos. A expectativa é que a apuração seja concluída e os responsáveis sejam devidamente responsabilizados, como um passo crucial para a recuperação dos valores desviados e para o fortalecimento da ética na administração pública.
Servidora pública é flagrada em esquema de desvio de verba: “nomeava familiar para receber valores”, revela delegado
