Janaína Paschoal (PP-SP), advogada, professora de direito na Universidade de São Paulo (USP) e vereadora eleita em São Paulo, declarou neste domingo, dia primeiro, que o cenário enfrentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “não é nada fácil”. A fala foi feita em meio às investigações conduzidas pela Polícia Federal, que culminaram no indiciamento do ex-mandatário sob a acusação de tentativa de golpe de Estado após as eleições de dois mil e vinte e dois.
Paschoal, conhecida por sua postura crítica e suas análises incisivas, ressaltou a complexidade da situação política e jurídica que envolve Bolsonaro. “Não há como negar a gravidade das acusações”, afirmou, ao comentar os desdobramentos do caso. Ela também destacou que as provas levantadas pela Polícia Federal podem trazer consequências severas para o ex-presidente e seu círculo mais próximo.
O indiciamento de Bolsonaro integra uma série de medidas judiciais relacionadas aos atos antidemocráticos ocorridos no Brasil após sua derrota nas urnas. A investigação abrange desde os discursos de questionamento ao processo eleitoral até a instigação de apoiadores a atos golpistas, incluindo as manifestações violentas de oito de janeiro, que resultaram na invasão de prédios dos Três Poderes em Brasília.
Com um tom cauteloso, Paschoal também apontou que o desenrolar do caso exigirá rigor técnico e imparcialidade por parte das instituições, mas não poupou críticas a estratégias políticas que ela considera “irresponsáveis”. “A polarização não pode servir como cortina de fumaça para quem precisa prestar contas à Justiça”, concluiu.
A declaração da vereadora ocorre em um momento sensível, quando aliados do ex-presidente tentam reforçar sua defesa pública, ao mesmo tempo que setores do Partido Liberal demonstram preocupação com o impacto da investigação em futuros pleitos eleitorais. O episódio marca mais um capítulo tenso na política brasileira, com desdobramentos que podem moldar o cenário político nos próximos anos.
