O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu ontem sua promessa de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país, sem exceções. Essa medida coloca o Ceará em um cenário de incertezas, já que os EUA são o principal destino das exportações cearenses, representando 46,4% do total, com destaque para o aço.
Em 2024, o aço representou 37% das exportações do Ceará, totalizando US$ 545 milhões comercializados no exterior. Desse montante, pouco mais de 80%, equivalente a US$ 438,2 milhões, tiveram como destino os Estados Unidos.
Especialistas divergem quanto aos impactos, mas é consenso que a medida afetará diretamente o setor siderúrgico brasileiro, que é um dos maiores fornecedores dessas commodities para o mercado americano.
A imposição de tarifas pode reduzir a demanda pelo aço brasileiro nos EUA, levando empresas do setor a enfrentarem dificuldades financeiras, o que pode afetar empregos e investimentos. Além disso, se o Brasil decidir retaliar com tarifas sobre produtos americanos, pode haver impactos em outras cadeias produtivas que dependem do comércio bilateral.
Diante desse cenário, é crucial que o governo brasileiro e as empresas do setor busquem alternativas para mitigar os efeitos das tarifas, seja por meio da diversificação de mercados ou da negociação de acordos que minimizem os prejuízos para a economia local.