Em uma decisão judicial recente, o Governo de Goiás foi condenado a indenizar em R$ 500 mil a família de Miguel Tyler Pereira Gualberto, bebê de 1 ano que morreu afogado após seu pai, Jonas Pereira Gualberto, ser preso injustamente. O caso ocorreu em julho de 2020, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Na ocasião, Jonas estava em casa cuidando de seus três filhos quando foi detido pela Polícia Militar sob suspeita de roubo. Sem a presença de um responsável adulto, Miguel acabou caindo na piscina da residência e faleceu por afogamento. A mãe das crianças, Raifra da Silva, estava no supermercado no momento da prisão.
Em entrevista à TV Anhanguera, Jonas desabafou sobre a perda do filho e a indenização recebida: “Nada vai trazer ele de volta”. A Procuradoria Geral do Estado de Goiás informou que adotará as medidas necessárias para o cumprimento da sentença.
Investigações posteriores revelaram que a morte de Miguel foi resultado de uma vingança familiar. A Polícia Civil concluiu que um primo da família, de 26 anos, provocou o afogamento do bebê após uma disputa interna.
O caso gerou comoção e levantou debates sobre a atuação policial e a responsabilidade do Estado em situações de prisões equivocadas que resultam em tragédias familiares.