Troca de farpas entre Trump e Zelensky aquece tensão internacional

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, referiu-se ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como um “ditador sem eleições” em uma postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (19). A declaração foi uma resposta às críticas de Zelensky, que mais cedo havia afirmado que Trump vive em uma “bolha de desinformação”.

A troca de acusações teve início quando Trump declarou que o governo de Zelensky teria iniciado as hostilidades com a Rússia, uma afirmação que o líder ucraniano prontamente contestou, classificando-a como desinformada. Em retaliação, Trump questionou a legitimidade democrática de Zelensky, apontando para a ausência de eleições na Ucrânia desde o início do conflito.

As eleições ucranianas, originalmente previstas para o início de 2024, foram suspensas devido à guerra em curso. A legislação do país impede a realização de pleitos sob lei marcial, uma condição vigente desde o início das hostilidades. Além disso, aproximadamente 20% do território ucraniano está sob ocupação russa, e milhares de cidadãos foram deslocados pelo conflito, tornando inviável a condução de eleições livres e justas.

Paralelamente a essa disputa verbal, o enviado especial dos EUA para a Europa e Ucrânia, Keith Kellogg, está em Kiev para avançar em possíveis negociações de paz. Kellogg enfatizou a necessidade de garantias de segurança para a Ucrânia como parte de qualquer acordo futuro. Enquanto isso, Zelensky negou alegações de que a Ucrânia estaria oferecendo recursos minerais em troca da assistência recebida de Washington, reiterando a importância de acordos que beneficiem genuinamente o país.

A escalada retórica entre Trump e Zelensky ocorre em um momento delicado das relações internacionais, onde a estabilidade e a diplomacia são cruciais para a resolução pacífica do conflito na região.

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