Trump na liderança global: 4 golpes que redefinem o mundo e assustam aliados


A ascensão de Donald Trump ao cenário internacional novamente não é uma mera continuação de seu mandato anterior. Desta vez, suas ações reverberam com ainda mais força, implementando mudanças drásticas que desafiam a ordem mundial estabelecida e provocam ondas de choque entre aliados tradicionais. Analistas apontam para quatro pilares centrais dessa transformação, que podem reconfigurar alianças, economias e o próprio equilíbrio de poder global.
A primeira dessas mudanças reside na redefinição das alianças tradicionais. Sob a égide de “America First”, Trump tem questionado a relevância e o custo de pactos de defesa e acordos comerciais de longa data. A BBC News Brasil detalha como essa postura tem levado países como Alemanha e França a considerarem investimentos em defesa própria, enquanto o Canadá busca fortalecer laços com a Europa, demonstrando uma crescente preocupação com a postura americana. Essa instabilidade nas relações transatlânticas abre um vácuo de poder que outras nações, como a China, buscam preencher, oferecendo-se como parceiros mais confiáveis em um cenário global incerto, como reporta o Brasil 247.
Em segundo lugar, observa-se uma ruptura com o multilateralismo. A preferência por acordos bilaterais e a imposição de tarifas unilaterais demonstram um desprezo pelas instituições internacionais e pelas normas de comércio global. Essa abordagem protecionista, embora defendida por Trump como forma de proteger a economia americana, tem gerado tensões com diversos parceiros comerciais e levantado dúvidas sobre o futuro da cooperação internacional em temas como mudanças climáticas e segurança global. Segundo análise do CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), a visão de Trump sobre o comércio é essencialmente mercantilista, focada na redução do déficit comercial americano, o que inevitavelmente gera fricções com nações que possuem superávit em suas relações com os EUA.
A terceira mudança crucial é a reavaliação do papel da China na geopolítica. A competição estratégica com Pequim tem se intensificado, abrangendo desde questões comerciais e tecnológicas até disputas por influência em diferentes regiões do mundo. As políticas de Trump buscam conter a ascensão chinesa, vista como uma ameaça à hegemonia americana. Essa rivalidade, conforme aponta o Terra, redefine a dinâmica global, antes considerada “unipolar” ou, no máximo, “bipolar” durante a Guerra Fria, com a emergência da China como um ator de peso inegável.
Por fim, a quarta mudança notável é a transformação da relação entre Estados Unidos e seus rivais, como a Rússia. A postura de Trump em relação a Moscou tem sido, por vezes, ambígua, gerando incertezas sobre a solidez das alianças ocidentais e o futuro da segurança na Europa. Essa reconfiguração das relações de poder, somada à imprevisibilidade da política externa americana sob Trump, obriga outros países a repensarem suas próprias estratégias e a buscarem novas formas de garantir sua segurança e seus interesses no cenário internacional, como sugere uma análise do OPEU (Observatório Político e Econômico dos EUA).
Diante dessas quatro mudanças impactantes, a ordem mundial que conhecemos parece estar em processo de profunda reestruturação. As decisões tomadas por Trump nos próximos anos terão um papel determinante na configuração do cenário geopolítico global, com consequências de longo alcance para todos os países, incluindo o Brasil. A imprevisibilidade e a assertividade da nova ordem imposta por Washington exigem atenção redobrada e um debate aprofundado sobre o futuro das relações internacionais.

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