O último suspeito foragido pelo assassinato do contraventor Fernando Iggnácio, ocorrido em novembro de 2020, foi capturado no Paraguai. A prisão foi realizada durante uma operação de rotina do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) da Polícia Militar do Paraná.
Fernando Iggnácio, genro do notório bicheiro Castor de Andrade, foi executado em uma emboscada no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, após desembarcar de um helicóptero. O crime foi atribuído a uma disputa violenta pelo controle do jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis na região, envolvendo figuras proeminentes da contravenção carioca.
As investigações apontaram Rogério de Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, como o mandante do assassinato. Rogério foi preso em outubro de 2024, em sua residência na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, após nova denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Com a recente captura do último foragido no Paraguai, todos os suspeitos identificados pela participação no assassinato de Fernando Iggnácio estão agora sob custódia das autoridades. A prisão deste indivíduo encerra um capítulo significativo na violenta disputa pelo controle dos negócios ilegais deixados por Castor de Andrade, que há décadas domina o submundo carioca.
A detenção de Rogério de Andrade, figura central no mundo da contravenção, levanta questões sobre o futuro das operações ilegais no Rio de Janeiro e o impacto na tradicional ligação entre o jogo do bicho e o carnaval carioca. A proximidade do próximo carnaval intensifica as especulações sobre possíveis repercussões nos bastidores das escolas de samba, historicamente influenciadas por figuras como Andrade.
As autoridades continuam investigando possíveis ramificações e cúmplices envolvidos nas atividades criminosas associadas ao grupo de Rogério de Andrade, buscando desmantelar a rede de contravenção que há décadas opera na cidade.