Durante a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada em 20 de janeiro de 2025, em Washington, D.C., a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e Heloísa Bolsonaro, esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), compareceram trajando vestidos longos na cor vermelha. A escolha gerou controvérsia entre seus seguidores nas redes sociais, devido à associação da cor vermelha, no Brasil, com partidos de esquerda, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT).
Em resposta às críticas, Zambelli esclareceu em seu perfil no Instagram que, nos Estados Unidos, o vermelho representa o Partido Republicano, ao qual Trump é filiado. Ela afirmou: “Aqui óbvio que vou usar a cor do partido de Donald Trump”, indicando que pediu emprestado dois vestidos nessa cor a uma amiga, já que não possui peças vermelhas em seu guarda-roupa.
Heloísa Bolsonaro também utilizou as redes sociais para justificar sua escolha. Após comentários de seguidores sugerindo outras cores, ela explicou que, nos Estados Unidos, o vermelho é a cor do Partido Republicano, partido de Trump.
A comitiva brasileira presente na posse incluiu Michelle Bolsonaro e outros parlamentares. Nenhum deles estava em missão oficial, e os gastos com translado e diárias não foram custeados com recursos públicos, conforme informado pelos congressistas.
Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado por tentativa de golpe de Estado em 2022 e com o passaporte apreendido desde fevereiro de 2023, acompanhou os eventos por videochamada. Seu pedido de devolução do documento foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A escolha do vermelho por figuras proeminentes do bolsonarismo em um evento internacional destaca as diferenças simbólicas das cores partidárias entre os países e evidencia como contextos culturais distintos podem gerar interpretações variadas sobre gestos aparentemente simples.
