Aos 70 anos, Dulcinéia Novaes é referência para jovens jornalistas e para aqueles com tanto tempo de atuação quanto ela. Com uma trajetória de mais de quatro décadas, a repórter e apresentadora paranaense não apenas celebra seu aniversário, mas também coleciona homenagens que atestam seu impacto e “olhar humanizado” no telejornalismo. A mais recente delas é a concessão da Cidadania Honorária de Curitiba, aprovada recentemente pela Câmara Municipal da capital paranaense.
A honraria, destinada a pessoas de outras cidades que se destacaram na capital, reconhece a profunda marca deixada por Dulcinéia no estado. Formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 1979 e com início de carreira na Folha de Londrina, a jornalista transferiu-se para Curitiba em 1987, onde construiu sua carreira na TV Coroados, futura RPC (afiliada da Rede Globo).
O projeto de resolução que lhe concedeu o título exalta um jornalismo que é “referência em comunicação, ensino e representatividade negra”, focado no respeito e na escuta das pessoas. Vereadores destacaram que a jornalista “nunca fez o Jornalismo espetacularizado”, priorizando a qualidade e a confiança do público ao longo de sua extensa atuação.
Uma Carreira De Coragem e Reinvenção
Nascida em Martinópolis (SP) em 9 de agosto de 1955, Dulcinéia Novaes construiu sua trajetória com coragem e determinação, superando as dificuldades de uma família com poucos recursos. A repórter, que chegou a pensar em mudar de curso na faculdade, se tornou um ícone, sendo homenageada também em anos anteriores pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) com indicação ao Prêmio Rosy de Macedo.
Em 2025, ao completar 70 anos e mais de 40 de profissão, a jornalista foi celebrada pela RPC e também participou de reportagens especiais, como uma no Globo Repórter direto da República Dominicana, demonstrando sua vitalidade em campo.
Durante a pandemia de COVID-19, já com mais de 60 anos, Dulcinéia provou sua capacidade de reinvenção ao adaptar seu trabalho para o formato remoto, atuando em casa: “Eu só não editei em casa, mas eu produzi, fiz as reportagens, entrei ao vivo em Rede Nacional”, contou.
Além do reconhecimento jornalístico e cívico, a profissional também é professora universitária, pesquisando temas como cibercultura e webjornalismo, e já recebeu prêmios importantes como o Troféu Raça Negra e o de Mulher Destaque, reforçando seu papel como inspiração e voz ativa na representatividade negra. A sua história de vida e dedicação ao jornalismo de qualidade garantem que seu legado continue a influenciar as futuras gerações da Comunicação no Paraná e no Brasil.





