Exposição de Fuzis da Polícia Militar em Colégio Cívico-Militar de Colombo Gera Reações e Cobranças ao Governo do Paraná
Um evento realizado no Colégio Estadual Vinicius de Moraes, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, viralizou nas redes sociais e provocou uma série de críticas e reações de autoridades e entidades. Imagens mostram uma exposição de fuzis e outros armamentos da Polícia Militar do Paraná (PMPR) diretamente para os alunos, muitos deles menores de 18 anos.
O Colégio Vinicius de Moraes faz parte do modelo de ensino cívico-militar adotado no estado, o que intensifica o debate sobre a exposição de crianças e adolescentes à “cultura da violência” em ambiente escolar.
A Repercussão e as Cobranças
As fotos e vídeos do evento, que contaram com a presença de chefias do Núcleo Regional de Educação (NRE) e políticos locais, foram amplamente divulgados, gerando indignação.
- Denúncia ao Ministério Público: O APP-Sindicato, que representa os trabalhadores em educação do Paraná, denunciou o conteúdo das imagens ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Controladoria Geral do Estado, alegando que a prática é uma forma de expor crianças a armas de alta letalidade.
- Cobrança na Câmara dos Deputados: O deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Federal, Tadeu Veneri (PT), divulgou uma nota cobrando explicações formais do governador Ratinho Junior (PSD) sobre o incidente. “Qual o objetivo de expor crianças e adolescentes a estas armas em um ambiente escolar?”, questionou.
- Modelo Militarizado em Debate: O episódio reacende a discussão sobre os efeitos do modelo cívico-militar. Fontes apontam que estudantes em colégios militarizados têm relatado um ambiente mais repressivo, com foco em regras rígidas sobre vestimenta e comportamento, em detrimento do foco acadêmico.
- Debate Nacional: A exibição de armamentos em escolas se insere em um debate mais amplo no país sobre a presença de armas no ambiente de ensino, com especialistas frequentemente alertando que o foco deve ser em investimento em saúde mental e educação de qualidade, e não na militarização ou armamento como solução para a segurança escolar.
O Governo do Paraná ainda não se pronunciou publicamente sobre a denúncia e as cobranças de explicações a respeito do evento no Colégio Estadual Vinicius de Moraes.





