Liberdade de Imprensa em Risco: Secretário de Saúde do Paraná Tenta Censurar Notícias de Fraude e Acende Alerta no Judiciário
Em um movimento que coloca em xeque a liberdade de imprensa e a transparência pública, o Secretário de Saúde do Paraná, Carlos Alberto Gebrim Preto, conhecido como Beto Preto, está sob os holofotes após uma denúncia de fraude contra a administração pública e, agora, por supostamente tentar silenciar veículos de comunicação que deram visibilidade ao caso.
A polêmica ganhou força quando o jornal O Diário de Maringá revelou ter recebido uma notificação extrajudicial do secretário. No documento, Beto Preto exige a remoção imediata de matérias que o ligam às supostas irregularidades, ameaçando com ações judiciais caso o conteúdo não seja retirado em até 48 horas. A medida, que o secretário alega ser uma resposta a reportagens “falsas, tendenciosas e desprovidas de respaldo jurídico”, foi interpretada pelo veículo como uma clara tentativa de censura e intimidação.
A postura do secretário, no entanto, gerou mais questionamentos do que respostas. Em vez de convocar uma coletiva de imprensa para esclarecer as acusações ou apresentar sua versão dos fatos, Beto Preto optou pelo confronto direto com a mídia. O próprio jornal O Diário de Maringá informou que a matéria foi enviada ao secretário via WhatsApp antes da publicação, mas não houve manifestação, apenas a subsequente ameaça de processo. Essa atitude levanta a preocupação de que, ao tentar calar os jornalistas, o gestor já tenha “perdido a razão” no debate público.
A editoria deste veículo de comunicação, em consonância com a busca por justiça e a defesa dos interesses dos paranaenses, reafirma seu compromisso com a exposição de atos ilegais e a cobrança de uma ação rigorosa do judiciário. O caso de Beto Preto não é apenas sobre uma suposta fraude; é sobre o direito fundamental da sociedade de ter acesso à informação e de não permitir que o poder público intimide quem ousa fiscalizar. A ameaça de processar a imprensa, em vez de se defender no âmbito legal ou dar satisfações à população, mostra um caminho perigoso e antidemocrático.
É urgente que o Ministério Público do Estado do Paraná e o poder judiciário se manifestem, investigando a fundo as denúncias e garantindo que o direito de informar e o de ser informado sejam plenamente respeitados. A população do Paraná merece transparência e prestação de contas, e não a intimidação da imprensa por parte de quem deveria servir ao público.





