Polícia

Ex-Funcionário do Cefet Mata Diretora e Psicóloga Após Licença Médica no Rio

​O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), Unidade Maracanã, no Rio de Janeiro, foi palco de uma tragédia na última sexta-feira (28), resultando na morte de três servidores da instituição. O atirador, identificado como João Antonio Miranda Tello Ramos Gonçalves, de 47 anos, que estava afastado por questões de saúde mental, assassinou a diretora da Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino, Allane de Souza Pedrotti Mattos, e a psicóloga Layse Costa Pinheiro, antes de cometer suicídio.

​De acordo com informações preliminares da Polícia Civil, o suspeito, que era ex-funcionário do Cefet, teria chegado ao campus pela manhã e agido normalmente. No início da tarde, ele invadiu a Diretoria de Ensino, disparou contra as duas mulheres e, em seguida, tirou a própria vida. As vítimas chegaram a ser socorridas, mas não resistiram aos ferimentos. A Polícia Militar, acionada após relatos de tiros, encontrou os corpos no local e uma pistola Glock em posse do atirador.

​Licenças Médicas e Divergências como Pano de Fundo

​A Polícia Militar (PM) já havia informado, logo após o ocorrido, que o atirador estava afastado da instituição há cerca de 60 dias por problemas psiquiátricos. As últimas apurações indicam que as sucessivas licenças médicas do servidor seriam um dos motivos de divergência entre ele e as duas funcionárias que foram mortas.

​Amigos de Allane Pedrotti relataram que a diretora vivia uma rotina de medo e ameaças por parte do colega, e que ele teria um histórico de hostilidade, especialmente com mulheres em cargos superiores. A desavença com a diretora da equipe pedagógica, inclusive, era conhecida, e ela teria manifestado receio de trabalhar na mesma sala que ele.

​Luto e Suspensão de Atividades

​Allane de Souza Pedrotti Mattos era professora com doutorado em linguística e também atuava como cantora e musicista no grupo de samba Quilombo Urbano. Layse Costa Pinheiro era psicóloga e servidora pública federal no Cefet-RJ desde 2017. Amigos e colegas lamentaram profundamente as perdas, ressaltando a dedicação e o talento das vítimas.

​Em sinal de luto, a instituição suspendeu as atividades acadêmicas na Unidade Maracanã entre os dias 1º e 5 de dezembro, sendo que as atividades administrativas foram, excepcionalmente, transferidas para o formato remoto durante este período.

​A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) segue investigando o caso para apurar todos os fatos e confirmar a motivação do crime. O episódio chocou a comunidade acadêmica e gerou manifestações de solidariedade, como a da Ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, que classificou o ocorrido como inaceitável em um espaço de estudo.

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