O agronegócio brasileiro enfrenta uma perspectiva de perda de R$ 14,8 bilhões em 2026 se as tarifas impostas pelos Estados Unidos se mantiverem ou se intensificarem. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta para um cenário preocupante, com uma queda acentuada nas exportações para o mercado americano nos últimos meses.
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Queda nas Exportações e Dados da CNA
Entre agosto e novembro deste ano, as exportações do agro brasileiro para os Estados Unidos registraram uma queda de 38% em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados da CNA. Este declínio é um reflexo direto da imposição e da ameaça de novas tarifas por parte do governo americano, afetando significativamente a balança comercial do setor.
A perda estimada de R$ 14,8 bilhões em 2026 representa um impacto severo na economia do agronegócio, um dos pilares da economia nacional.
Últimas Novidades e Contexto de Tensão
A relação comercial entre Brasil e EUA tem sido marcada por tensões crescentes, especialmente após a adoção de medidas protecionistas pelos americanos.
- Impacto Setorial: Os produtos mais afetados incluem carnes (bovina e de aves), suco de laranja e etanol, onde o Brasil detém forte competitividade global.
- Negociações em Curso: Fontes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) indicam que estão em andamento negociações de alto nível para tentar reverter o quadro tarifário. O foco é buscar um acordo que garanta o acesso justo aos produtos brasileiros, argumentando contra a aplicação de barreiras que, segundo o Brasil, são injustificadas ou desproporcionais.
- Foco na OMC: Há uma discussão interna no governo brasileiro sobre a possibilidade de levar a disputa para a Organização Mundial do Comércio (OMC), caso as negociações bilaterais não avancem. A estratégia seria contestar a legalidade de algumas tarifas sob as regras do comércio internacional.
Cenário Futuro e Posicionamento do Setor
O cenário de R$ 14,8 bilhões em risco coloca uma pressão considerável sobre produtores e exportadores brasileiros. A CNA tem se posicionado ativamente, solicitando uma intervenção mais enfática do governo federal para proteger o mercado.
A incerteza sobre a política comercial americana, especialmente em um ano pré-eleitoral, adiciona complexidade. Analistas de mercado sugerem que o Brasil deve diversificar ainda mais seus parceiros comerciais, acelerando acordos com mercados asiáticos e europeus, para mitigar a dependência do mercado norte-americano.





