Câmara de Cruzmaltina rejeita relatório da CPI sobre contrato de obra pública mesmo com irregularidades comprovadas
Em um desdobramento que gerou controvérsia e levantou questionamentos sobre a fiscalização do dinheiro público, a Câmara Municipal de Cruzmaltina reprovou o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava possíveis irregularidades em um contrato de obra pública da Prefeitura. A decisão ocorreu por maioria simples, conforme reportado por veículos locais e documentos oficiais do município.
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A CPI, criada para apurar supostos desvios ou falhas na execução de um contrato de obra, havia concluído seu trabalho com a apresentação de um relatório que, segundo membros da comissão e a imprensa local, apontava para a comprovação de irregularidades. Embora o contrato específico não tenha sido detalhado em todos os resultados de busca, sabe-se que a Prefeitura de Cruzmaltina tem lidado com a gestão de diversos contratos de obras e serviços que são fiscalizados, como a pavimentação de vias urbanas e o contrato de revitalização da Praça Central, que recentemente foi alvo de um termo aditivo.
Indícios e Rejeição
O relatório da CPI trazia à tona indícios que, para os defensores da apuração, seriam suficientes para responsabilizar gestores e servidores envolvidos na fiscalização e execução da obra. No entanto, durante a sessão plenária, a maioria dos vereadores optou por rejeitar o documento, resultando no seu arquivamento.
Em casos semelhantes em outras cidades, como Campinas (SP) e Taubaté (SP), onde relatórios de CPIs foram rejeitados, a justificativa frequentemente utilizada pelos que votam contra é a suposta falta de provas robustas ou a carência de materialidade nas conclusões apresentadas, mesmo que as investigações preliminares tenham apontado falhas.
O papel do Ministério Público
A rejeição do relatório na Câmara não encerra, necessariamente, a investigação sobre as irregularidades. Em situações onde há suspeita de dano ao erário ou de atos de improbidade administrativa, o Ministério Público (MP) pode atuar de forma independente. Muitos relatórios de CPIs, mesmo que rejeitados pelo Legislativo, são encaminhados ao MP, que tem a prerrogativa de dar seguimento às apurações.
A Prefeitura de Cruzmaltina, por meio de seu Diário Oficial Eletrônico, tem divulgado documentos que mostram um esforço em fiscalizar contratos e lidar com a Lei de Licitações (Lei Federal nº 14.133/21). Relatórios de auditoria interna recentes, por exemplo, apontam para a necessidade de regularização de pendências e o risco de responsabilização por improbidade administrativa em caso de omissão dolosa ou reiterada.
Transparência e Opinião Pública
O caso da reprovação do relatório da CPI em Cruzmaltina reforça o debate sobre o papel do Poder Legislativo municipal na fiscalização do Executivo. A reprovação de um relatório que aponta irregularidades comprovadas, como o sugerido na nota original, tende a gerar desconfiança na população, levantando a suspeita de que o princípio da “pizza” prevaleceu sobre a responsabilização.
A transparência e o acompanhamento das contas e obras públicas continuam sendo o principal mecanismo de controle social. A sociedade agora aguarda os próximos passos do Ministério Público e de outros órgãos de controle para verificar se as irregularidades, mesmo que ignoradas pela maioria dos vereadores, serão devidamente investigadas e punidas.





